Muitas doenças que fazem parte da rotina dos seres humanos também podem ser desenvolvidas pelos animais de estimação, como é o caso do diabetes. Pesquisa conduzida pelo Grupo Petlove com 220 pets apontou que 14% dos cães e gatos sofrem com a doença.
Mesmo não sendo uma condição rara entre os animais de estimação, ainda é desconhecida por muitos tutores. Saber reconhecer os sintomas e os riscos da doença, é o primeiro passo para garantir a prevenção e o tratamento adequado quando há o diagnóstico.
Estudos científicos revelam que o diabetes em animais é semelhante à doença que acomete os humanos. Na prática, há diminuição na produção de insulina, hormônio responsável pela regulação da glicose, principal fonte de energia do organismo.
A causa pode ser originária de diferentes motivos, inclusive, a obesidade. Ter atenção aos fatores de risco, sintomas, diagnóstico e tratamento é fundamental para minimizar as chances de agravamento da doença, que pode levar à morte do animal.
Também é importante seguir as recomendações do Ministério da Saúde sobre os cuidados com animais domésticos. O órgão alerta sobre a necessidade de atualização do cartão de vacinação, a frequência em consultas veterinárias e boas condições do ambiente para a boa saúde. Além disso, uma alternativa é investir em um seguro pet para assegurar a assistência veterinária em qualquer situação.
Diabetes em animais: quais são os fatores de risco?
Há diferentes fatores que podem favorecer o surgimento do diabetes em animais. Estudos acadêmicos revelam que a doença está associada à obesidade e, também, ao mau uso de práticas nutricionais. Por esse motivo, é importante manter-se atento à alimentação fornecida aos pets.
De acordo com o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio de Janeiro (CRMV RJ), a refeição para cães e gatos deve ser balanceada, à base de proteína e gordura, que são os nutrientes mais importantes para as espécies originárias de animais carnívoros. Além disso, também é importante utilizar fontes de vitaminas, minerais e fibras, evitando o uso excessivo de petiscos.
Pesquisa acadêmica realizada pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) aponta, ainda, que há maior incidência da doença em fêmeas. Elas são duas vezes mais afetadas em comparação aos machos por conta de hormônios, como estrógeno e progesterona, que reduzem a sensibilidade dos órgãos alvos para ação de insulina.
O estudo identificou a maior propensão do desenvolvimento da doença em algumas raças caninas de pequeno porte, como Poodle, Dachshund, Schnauzer e Beagle, mas afirma que todas as raças de cães podem ser afetadas.
Conheça os sintomas
Para identificar a presença de diabetes em cães ou gatos, os tutores devem estar atentos aos sinais. Animais de estimação que têm muita sede, fome, fazem muito xixi ou emagrecem rapidamente, sem um motivo aparente, devem receber uma atenção especial.
De acordo com a Unesp, o maior consumo de água, o excesso de apetite, o emagrecimento, o aumento na produção de urina e a respiração ofegante são os principais sintomas de pets acometidos com o diabetes.
Quando não tratada corretamente, a doença pode evoluir para outros quadros clínicos, como infecções, catarata, cetoacidose diabética, desordens do sistema nervoso e doença renal são alguns dos males que podem ser originados a partir do diabetes.
Como funcionam o diagnóstico e o tratamento
Ao perceber os indícios de qualquer sintoma relacionado com o diabetes, os tutores devem levar o animal de estimação ao médico veterinário. A confirmação da doença é feita por uma avaliação laboratorial completa, com exames de urina e glicemia de jejum, que nos animais os índices considerados normais variam de 55 a 110 mg/dL.
As presenças de glicosúria, glicose na urina e hiperglicemia de jejum são indicativos de que o pet sofre de diabetes. Assim como ocorre com os humanos, os animais diagnosticados com a doença não encontram a possibilidade de cura.
Mas com o tratamento adequado e uma adaptação da rotina, é possível que o cão ou gato tenha qualidade de vida. Segundo a pesquisa da Unesp, o tratamento nos animais consiste na aplicação de insulina e no acompanhamento dos índices glicêmicos.
Além disso, o estudo também aponta que os pets devem incluir uma alimentação balanceada e atividades físicas em sua rotina diária, como forma de controlar e equilibrar os níveis de glicose.
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