Apagão em SP: 29 mil imóveis seguem sem energia 4 dias após temporal

Quatro dias após o temporal que atingiu várias regiões do estado, na última sexta-feira (3/11), cerca de 29 mil imóveis da Grande São Paulo ainda estão no escuro na noite desta terça-feira (7/11), segundo a Enel, concessionária que fornece energia elétrica na capital e em outras 23 cidades da região metropolitana.

A empresa havia prometido restabelecer a energia em 100% da sua rede até o final do dia desta terça. “Vamos tentar reduzir a zero ainda hoje”, disse o presidente da Enel, Max Xavier Lins, à CNN. Segundo ele, 2,1 milhões de imóveis ficaram sem energia logo após o temporal de sexta.

“Estamos trabalhando incessantemente desde a sexta-feira à noite, quando tivemos um evento climático de grandes proporções”, disse Lins. Na ocasião, São Paulo registrou ventania de até 104 km/h. Mais de mil árvores caíram na Grande São Paulo, danificando mais de 100 quilômetros de fiação da Enel.

A concessionária informou que, considerando outras interrrupções que não foram provocadas pela forte chuva há quatro dias, 107 mil clientes estavam sem energia no começo da noite desta terça-feira.

Na tarde desta terça, moradores de diferentes bairros da capital e da Grande São Paulo fizeram protestos contra a falta de energia. Em Cotia, um grupo de manifestantes ocupou a pista lateral da Rodovia Raposo Tavares, na altura do km 32, no sentido interior. A cidade tem vários bairros às escuras, como Jardim Nova Coimbra, Portão e Jardim Ísis.

Na zona sul da capital, um policial militar foi atingido por um tiro na perna durante um protesto contra o apagão realizado por moradores da comunidade de Paraisópolis. O PM fazia o policiamento na Avenida Giovanni Gronchi, que foi fechada pelos moradores.

Mortes

Nesta terça-feira, a Defesa Civil de São Paulo confirmou a oitava morte em decorrência do temporal. A vítima foi atingida por uma árvore em Ibiúna, no interior de São Paulo. Ela estava internada e não resistiu. Outras quatro pessoas também morreram em razão de quedas de árvores. Foram duas na zona leste de São Paulo, uma em Osasco e outra em Suzano, ambas na Grande São Paulo.

Em Santo André, no ABC paulista, uma pessoa morreu após a queda da parede do 18º andar de um prédio em construção. E em Limeira, no interior do estado, a vítima fatal foi atingida por um muro. Em Ilhabela, no litoral norte do estado, uma embarcação naufragou e um dos tripulantes não resistiu. Outros dois foram socorridos e encaminhados ao serviço de saúde.

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