Sandra Maria dos Santos Carvalho, de 58 anos, foi encontrada morta e com uma das mãos amputadas dentro de sua casa em Salvador, Bahia, no último sábado (20/4). O principal suspeito do caso, segundo a Polícia Militar, é José Natan dos Santos Carvalho, de 21 anos. Ele teria matado a própria mãe a facadas, em um ritual de magia negra e, posteriormente, retirado a mão a fim de utilizar a digital para sacar dinheiro no banco.
Segundo o juiz Leandro Florencio Rocha de Araújo, que manteve o jovem preso após audiência de custódia, “o flagranteado confessou a prática do crime, tendo aduzido que matou sua genitora durante a prática de um ritual de magia negra, em detrimento da vítima ter realizado um ritual de magia negra contra si em momento anterior. Disse que fez um corte no pescoço da vítima, utilizando-se de uma faca, e depois decepou a mão da ofendida, para que pudesse pegar dinheiro no banco”.
“O corpo de uma mulher coberta com um lençol e uma toalha, em estado de gigantismo, de barriga para cima, com uma mão decepada, sendo que o membro estava afastado do corpo”, destacou a decisão judicial.
Sandra Maria morava com o filho José Natan e outros parentes na Travessa Luzimar, bairro da Boca da Mata de Valéria, na capital baiana. O crime foi descoberto quando o jovem de 21 anos foi procurar uma prima em busca de dinheiro para realizar uma viagem. Ao ser perguntado sobre a mãe, José Natan não soube responder, o que levantou suspeitas. A prima dirigiu-se a casa de Sandra e ao chegar lá sentiu um cheiro de ruim e entrou em contato com a polícia.
Segundo a Polícia Militar, apesar de o corpo ser achado no sábado, a morte deve ter ocorrido dias antes, pois “ele (o corpo) estava em gigantismo, ou seja, em avançado estado de putrefação”.
A Polícia acredita que a mão tenha sido retirada para a realização de um saque no banco por meio da impressão de digital. Depois de ser preso em flagrante, o caso está sendo investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e o corpo de Sandra foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML).
O juiz determinou medidas preventivas de contenção em uma eventual crise psíquica. O acusado foi encaminhado para a Rede de Atenção à Saúde (RAS) e Rede de Atenção Psicossocial (RAPS).
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