Gilson Cruz de Oliveira, de 56 anos, preso por matar a tiros Maria Vitória, de 15 anos, no último dia 14 de julho, foi indiciado por 19 crimes cometidos contra a adolescente, com quem mantinha um relacionamento, e também contra os pais dela e outras quatro vítimas. A informação foi confirmada com exclusividade à TV Cabo Branco pela Polícia Civil nesta sexta-feira (26).
O delegado Sávio Siqueira, responsável pelo caso, afirmou que os principais crimes cometidos por Gilson foram:
- lesão corporal
- ameaça
- violência psicológica contra mulher
- oferecer bebida alcoólica para menores de idade
- posse de arma ilegal
- importunação sexual
15 pessoas prestaram depoimentos durante a investigação. Ainda segundo o delegado, o assassinato de Maria Vitória possui três qualificadoras: motivo fútil, feminicídio e impossibilidade de defesa da vítima.
A adolescente, segundo a polícia, foi lesionada pelo homem em pelo menos seis ocasiões diferentes. A investigação apontou que Gilson também fazia ameaças contra os pais da garota.
Após conclusão do inquérito, a polícia remeteu a investigação ao Ministério Público, que deve oferecer denúncia à Justiça.
O advogado de defesa disse que Gilson vem colaborando com a justiça desde o início das investigações e que não busca impunidade. “Ele está à disposição da justiça para pagar por tudo que foi cometido na medida da sua culpabilidade”, disse.
O caso aconteceu em Monteiro, no Cariri paraibano. De acordo com testemunhas, Maria Vitória e Gilson estariam bebendo na casa dele quando uma discussão foi iniciada. Foi nesse momento que o homem teria feito os disparos que mataram a adolescente.
O suspeito foi preso após a placa do carro de Gilson ser localizada através do monitoramento de câmeras de trânsito pela Polícia Civil. Foi solicitado o apoio da Polícia Militar de Pernambuco, que conseguiu prender o suspeito por volta das 17h, quando ele já estava em Brejo da Madre de Deus, no estado vizinho.
Maria Vitória conheceu Gilson quando começou a trabalhar na padaria dele há quase dois anos. Logo depois, passaram a se relacionar e a morar juntos.
A adolescente havia relatado em mensagem de áudio que o namorado, Gilson Cruz, era violento e já tinha feito ameaças com uma arma de fogo: ‘Jogou a pistola na minha cara’.
Segundo consulta no site do Tribunal de Justiça da Paraíba, Gilson também já foi acusado de agressão contra a própria filha, também adolescente na época, em junho de 2019, em Monteiro.
G1
Outras Notícias
Padre faz postagem fúnebre horas após ser indiciado pela PF
Operação cumpre mandado contra investigado por usar imagens de jornalistas em site de conteúdo adulto na Paraíba
Julgamento de Bolsonaro e demais indiciados pode ocorrer em 2025