satanistas em pé de guerra com prefeito dizem ter apoio de Lúcifer

Desde a tentativa da seita satanista Nova Ordem de Lúcifer na Terra (NOLT) de inaugurar um santuário para cultuar a imagem de Lúcifer, na cidade de Gravataí (RS), ter sido suspensa pela prefeitura local, uma guerra passou a ser travada. De um lado, os líderes da ordem tentam um alvará para realizar os cultos. De outro, o governo municipal tenta com todas as forças impedir, por meio de liminar, a peregrinação dos adoradores.

Com quase 10 mil seguidores no Instagram, os fundadores da NOLT, Tata Hélio De Astaroth e Mestre Lukas, postaram um vídeo na propriedade privada onde foi erguida a estátua de cinco metros de Lúcifer esculpido. “Senhor Lúcifer está com a gente e vamos para esse embate”, resumiram os dois líderes.

Na gravação, a dupla deixa claro os motivos pelos quais a inauguração não ocorreu. “Fomos impedidos de inaugurar por intolerância religiosa”, bravejam. A decisão da 4ª Vara Cível Especializada em Fazenda Pública da Comarca de Gravataí atende pedido feito pela prefeitura da cidade.

Local sigiloso

Lucas Martins é conhecido como mestre Lukas de Bará da Rua, dentro da Ordem. Ele explica que, dentro da tradição religiosa, é comum que os líderes adotem nomes simbólicos que refletem a entidade espiritual com a qual trabalham. No caso dele, “Mestre” é o título, “Lukas” é seu nome pessoal, e “Bará da Rua” é a entidade espiritual associada. Em Gravataí, Lucas também gerencia uma produtora de eventos e duas casas noturnas.

Já Tata Hélio de Astaroth é o nome religioso de Hélio Brum, 23. Ele diz ter formação em quimbanda Independente, satanismo tradicional e demonolatria. Também diz atuar como psicanalista, empresário e cursar teologia. Em seu nome religioso, “Tata” indica seu grau na quimbanda, enquanto “Astaroth” é o demônio com quem ele tem um pacto. Ele mantém “Hélio” como referência ao seu nome de nascimento.

De acordo com os líderes, o projeto de construção do santuário não fica em área urbana, mas em um sítio, que conta com cerca de cinco hectares. O grupo, formado por aproximadamente de 100 pessoas, realiza rituais no local, ao ar livre. A localização exata, por motivos de segurança, é mantida em sigilo.

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