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Cauã Reymond fala sobre preconceito vivido por conviver com mãe portadora de HIV: “Sofri muito bullying”

Em entrevista emocionante, ator relembrou infância difícil e aceitou convite para ser aliado na luta contra o estigma do HIV

O ator Cauã Reymond surpreendeu o público ao abrir o coração durante participação no programa Altas Horas, da TV Globo, ao falar sobre a infância marcada pelo preconceito em razão da condição de saúde de sua mãe, que conviveu com HIV. Em relato sincero, ele revelou que sofreu bullying e enfrentou momentos de solidão ao longo dos anos.

“Eu sofri muito bullying, minha mãe era HIV positivo. Minha avó adotou minha mãe, que era mãe solteira e deficiente física, e a minha tia, que também foi adotada, era esquizofrênica. Eu sofria muito bullying na rua, porque meu pai morava em Santa Catarina, então não tinha ali uma figura masculina”, disse Cauã.

O ator destacou que buscou no esporte uma forma de enfrentar as dificuldades.

“Quando entrei no jiu-jítsu, por volta dos 14 anos, comecei a encontrar uma forma de defesa, de autoestima, de confiança. Isso me ajudou muito”, completou.

Apesar da dor, Cauã ressaltou que sua trajetória também foi rica em aprendizados, ajudando-o a construir a carreira de sucesso como ator.

“Sei que é difícil quando as pessoas olham para mim hoje, mas tive uma infância muito difícil, muito rica também, que me ajuda a contar histórias.”

Repercussão e convite ao ativismo

O relato sensibilizou milhares de pessoas nas redes sociais e emocionou uma mulher chamada Marina Vergueiro, que vive com HIV. Ela escreveu uma carta aberta ao ator, convidando-o a ser aliado na luta contra o estigma que ainda afeta pessoas portadoras do vírus. Cauã aceitou o convite e publicou o vídeo em suas redes sociais, reforçando o compromisso de ajudar a informar e conscientizar a sociedade.

O preconceito ainda é realidade

Especialistas lembram que, apesar dos avanços no tratamento, o HIV ainda é cercado de tabus. O infectologista Igor Maia Marinho destacou que conviver com HIV não significa ter AIDS e que, com acompanhamento médico, é possível ter qualidade de vida. No entanto, a discriminação ainda atinge a maioria das pessoas vivendo com o vírus. Segundo dados da UNAIDS, mais de 64% já sofreram algum tipo de preconceito.

Um relato que vira bandeira

Ao compartilhar sua história, Cauã Reymond dá voz a milhares de famílias que sofrem, muitas vezes em silêncio, com os efeitos do estigma. Seu posicionamento como figura pública ajuda a fortalecer o debate e a combater preconceitos, além de mostrar que informação e empatia são caminhos fundamentais para uma sociedade mais justa.

Imagens: Altas Horas/publicação

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