Seis em cada 10 mulheres sentem que não dedicam tempo o suficiente para explorar e vivenciar o próprio prazer, de acordo com uma pesquisa encomendada pelo Boticário e conduzida pela consultoria Think Eva.
A pesquisa ouviu mais de 2 mil mulheres, de 18 a 60 anos, de todas as regiões do Brasil.
“As principais motivações para as mulheres não dedicarem tempo suficiente ao próprio prazer tendem a ser stress, de longe o mais citado na pesquisa, seguido pela falta de tempo ocasionada pelo excesso de trabalho, tarefas domésticas e dedicação para família”, aponta Bruna Buás, diretora de marketing do Boticário e Quem Disse, Berenice?.
Mais de 45% das mulheres ouvidas citam o stress e o cansaço como obstáculos para alcançar o próprio prazer, e quase 20% dizem não ter tempo para si mesmas.
“Historicamente, o papel do cuidado com a família, com a casa e com o outro são atribuídos e executados majoritariamente pelas mulheres, de forma não remunerada, implicando em duplas ou triplas jornadas de trabalho”, acrescentou Buás.
Prazer não é só sexo
As mulheres ouvidas pela pesquisa apontaram que seus momentos de prazer não se reduzem à prática do ato sexual. Na verdade, apenas 12% delas escolheu a alternativa “fazer sexo” quando questionadas sobre em quais momentos sentem prazer.
“Vimos que existem diversos fatores que fazem com que as mulheres sintam prazer. Comer algo gostoso, momentos de descanso, viajar”, falou Bruna Buás.
“Além disso, notamos que a conexão com o próprio prazer esbarra em questões de autoestima. Ou seja, quando se sentem atraentes e bem consigo mesmas, se sentem mais abertas a buscarem o próprio prazer.”
Para 36% das mulheres, o prazer está associado a se sentir desejada pelo parceiro ou parceira; 27% sentem prazer quando fazem uma viagem; 22% têm sensação de prazer quando se sentem bem com o próprio corpo e 21% atribuem prazer a uma boa noite de sono.
Mesmo que apenas 22% das entrevistadas considerem ter pouco conhecimento sobre o próprio corpo, 32% delas não sabem o que são zonas erógenas – partes do corpo que, se estimuladas, podem proporcionar prazer sexual. E quase 80% dessas mulheres afirmou já ter fingido um orgasmo.
Para Buás, esses números mostram “o quanto a falta de informação impacta na relação das mulheres com o próprio prazer”.
“Observamos nos dados obtidos pela pesquisa uma grande defasagem de informação sobre prazer e sexo, acompanhada de certa resistência para falar sobre o assunto abertamente”, disse a diretora de marketing.
cnnbrasil
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