Nesta terça-feira (22/2), o encarregado de Negócios no Brasil, Anatoliy Tkach, fez um apelo e defendeu que o Brasil condene a decisão russa
Em meio à tensão entre Ucrânia e a Rússia, a embaixada ucraniana em Brasília pediu que o governo brasileiro não reconheça a independência das regiões separatistas de Donetsk e Luhansk.
Nesta terça-feira (22/2), o encarregado de Negócios no Brasil, Anatoliy Tkach, fez um apelo e defendeu que o Brasil “condene a decisão russa” que reconheceu a independência das duas regiões.
“Esperamos que o governo do Brasil não reconheça essas pseudoentidades criadas pela Rússia. Que condene a decisão e apele ao lado russo para que retome as negociações em busca de uma solução política e diplomática do conflito”, frisou.
Na segunda-feira (21/2), o presidente russo, Vladmir Putin, por meio de decreto, reconheceu a independência de Donetsk e Luhansk, para onde mandou tanques de guerra e tropas. Putin defende que a missão é de paz e naga interesse de invadir a Ucrânia.
O representante brasileiro no Conselho de Segurança das Nações Unidas, embaixador Ronaldo Costa Filho, defendeu que Rússia e Ucrânia busquem “uma solução negociada” e evitem “uma escalada de violência” na região.
“Diante da situação criada em torno do status das autoproclamadas entidades estatais do Donetsk e do Luhansk, o Brasil reafirma a necessidade de buscar uma solução negociada, com base nos Acordos de Minsk, e que leve em consideração os legítimos interesses de segurança da Rússia e da Ucrânia e a necessidade de respeitar os princípios da Carta das Nações Unidas”, disse o Itamaraty em nota distribuída nesta terça-feira.
Entenda a crise
A agenda ocorre em meio à tensão entre Rússia e Ucrânia. Os dois países vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Os Estados Unidos e o Reino Unido acusam a Rússia de querer incitar a violência nesses territórios controlados por separatistas pró-Rússia para encontrar uma razão para invadir a Ucrânia, para cujas fronteiras foram enviados cerca de 150 mil soldados.
Na prática, Moscou vê essa possível adesão como uma ameaça à sua segurança. Os laços entre Rússia, Belarus e Ucrânia existiam desde antes da criação da União Soviética (1922-1991).
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