Dúvida – Menopausa x Alimentação

Dúvida: sugestões de pautas sobre saúde da mulher, alimentação e menopausa te interessam? De acordo com o levantamento da Plenapausa, com mais de 5 mil mulheres, 80% das que estão na fase menopausal apresentam sintomas e 60% delas não utilizam nenhum tipo de tratamento para aliviar os incômodos. A alimentação adequada pode ajudar a atenuar os desconfortos comuns desse período.Atendo a nutricionista especializada em menopausa e climáterio Thais Dias, formada em Nutrição pela Universidade Federal de Lavras, com especialização em Saúde da Família e Residência pela Universidade Federal de Alfenas. Ao longo de sua carreira, se dedicou a trabalhar com alimentação para a Saúde da Mulher e Longevidade e já atendeu mais de 5 mil pacientes de todo o Brasil. Ela pode falar sobre o poder da alimentação no combate aos sintomas da menopausa, indicar uma rotina alimentar que melhore o sono, o cansaço, a fadiga e as oscilações de humor, quais alimentos são benéficos para as mulheres no climatério, quais vitaminas não podem faltar, os exames necessários para esse período, entre outros assuntos.

Abaixo deixo um conteúdo explicando como a mudança nos hábitos alimentares podem melhorar os sintomas durante a menopausa e quais alimentos auxiliam nessa fase, mas também posso te enviar exclusivas sobre outros tema.

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Menopausa: mudança de hábitos alimentares pode reduzir sintomas

Especialista explica como a inflamação do corpo nesse período pode acarretar desconfortos e afetar a qualidade de vida das mulheres.

A interrupção fisiológica dos ciclos menstruais, apesar de natural e esperada, impacta a vida das mulheres e gera inúmeras dúvidas. Uma pesquisa da Essity, empresa de higiene e saúde, revelou que a menopausa ainda é tabu para 69% das brasileiras. De acordo com o levantamento da Plenapausa, com mais de 5 mil mulheres, 80% das que estão na fase menopausal apresentam sintomas e 60% delas não utilizam nenhum tipo de tratamento para aliviar os incômodos.

Por causa dos sintomas, as mulheres que estão na menopausa são mais propensas a faltar no trabalho, reduzir horas ou até mesmo deixar o emprego. Os dados fazem parte do estudo da Mayo Clinic, organização sem fins lucrativos especializada em pesquisa e atendimento à saúde nos Estados Unidos, que também constatou que esses desconfortos adversos podem ocasionar perda de produtividade, avaliada em aproximadamente US$ 1,8 bilhão anuais para o mercado de trabalho norte-americano.

“O declínio hormonal acarretado pela menopausa traz alterações na qualidade de vida, na saúde e no bem-estar da mulher. Além disso, há o surgimento de vários sintomas, como as ondas de calor, insônia, sensação de inchaço, dores de cabeça e no corpo, fadiga, problemas com a memória entre outros, que afetam o dia a dia”, explica Thais Dias, nutricionista especializada em climatério e menopausa. “Os desconfortos da menopausa podem ser agravados pelo estilo de vida, como alimentação inadequada, sedentarismo e excesso de estresse que podem causar a inflamação do corpo”, completa.

Para a maioria das brasileiras, a menopausa chega entre os 48 e 52 anos, mas seus efeitos podem ser sentidos antes, no climatério que acontece em média nos 5 ou 10 anos que antecedem esse período. “Durante o climatério a mulher começa a vivenciar mudanças hormonais importantes, que acarretam desconfortos que podem ser confundidos e não tratados, entre eles a queda de libido, a falta de energia e o cansaço”, destaca a nutricionista.

Os impactos de uma alimentação inadequada na menopausa

Com as alterações na saúde, nesse período a mulher está mais propensa a desenvolver pré-diabetes, aumentar o triglicérides e o colesterol e acumular gordura no fígado. “Esse conjunto é denominado como inflamação do corpo e traz risco de doenças crônicas, como diabetes e pressão alta, inflamatórias e câncer”, salienta. “Durante a menopausa, a alimentação tem que ser equilibrada e a mulher deve estar atenta a qualidade, quantidade e oferta de nutrientes, principalmente para evitar deficiências nutricionais como a baixa Vitamina D, ferro e B12, importante para o funcionamento do organismo”, argumenta Thais.

Carboidratos e óleos refinados, açúcar, farinha, gorduras ruins e industrializadas e bebidas alcóolicas em excesso, além de  uma quantidade inadequada de proteína contribuem para o aumento do perfil inflamatório da mulher na menopausa. “O metabolismo vai ficar mais lento, o aumento de peso acontece com facilidade e pioram os fogachos, as dores, as oscilações de humor e também o fluxo intestinal”, reforça. “A melhora dos sintomas vai depender da mudança na alimentação e de hábitos saudáveis, como o gerenciamento de estresse, sono de qualidade e atividade física”, complementa a especialista.

Melhorando os sintomas com a alimentação

Legumes, frutas e verduras, associados a uma dieta rica em nutrientes e vitaminas, podem modular os hormônios, principalmente no climatério, melhorando os desconfortos do período menopausal. “Um metabolismo equilibrado auxilia no processo de desinflamação do corpo, contribuindo para a perda de peso, evolução dos exames, atenuação das ondas de calor, cansaço e fadiga, melhora do humor, do sono e da capacidade cognitiva”, ensina Thais. “É necessário entender que cada mulher é única, que os sintomas podem variar e que a alimentação vai desempenhar o papel de auxiliar no processo de desinflamação do corpo, aliviando os incômodos da menopausa”, finaliza a nutricionista.

Conheça 4 alimentos que podem ajudar a diminuir a  inflamação do corpo

Cúrcuma: é um anti-inflamatório natural, combate as dores articulares e ajuda a regular o metabolismo.

Orégano: melhora a imunidade e ajuda a prevenir e tratar a candidíase, muito comum na mulher na menopausa.

Salsinha: auxilia na digestão, combate a formação excessiva de gases, é diurética e ajuda a eliminar a retenção de líquidos.

Alimentos de coloração roxa (beterraba, repolho roxo, cebola roxa, uva, açaí, mirtilo, amora, berinjela): ricos em antocianinas, os antioxidantes específicos que vão atuar durante o climatério e menopausa, esses alimentos ajudam na desinflamação do corpo e devem ser consumidos pelo menos uma vez por dia.