Os ministérios chefiados por mulheres têm sido os alvos mais frequentes da pressão de parlamentares que buscam mais espaço no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Recentemente, o presidente precisou fazer uma defesa pública da ministra da Saúde, Nísia Trindade, diante das insinuações de neoaliados de que a pasta estaria em jogo.
“Tenho a certeza de que poucas vezes tivemos a chance que temos hoje, de ter uma mulher com a qualidade da Nísia Trindade para cuidar do povo”, disse Lula em discurso na Conferência Nacional de Saúde.
Ex-presidente da Fiocruz, Nísia Trindade foi alçada a ministra por ser técnica. Ela não é filiada a nenhum partido político.
Em condição semelhante, a ministra Ana Moser também tem visto sua pasta ser cobiçada, sobretudo, por deputados do chamado centrão.
O ministério do Esporte tem orçamento baixo se comparado a outras áreas do governo. Para 2023 a previsão é de R$ 1,9 bilhão.
No entanto, esse valor pode ser turbinado com emendas parlamentares e com a renda que poderá ser obtida com a regulamentação das apostas esportivas no país. A proposta está prestes a ser encaminhada ao Congresso Nacional.
Ao contrário das duas colegas que estão se mantendo no cargo, com a ministra do Turismo, Daniela Carneiro, não deu certo.
Depois de integrantes do governo confirmarem que ela seria substituída, a aliada do presidente colocou o cargo à disposição. A troca deve ocorrer nesta semana.
Com as ministras do Meio Ambiente, Marina Silva, e a dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, não houve pressão pública para “entrega dos ministérios” em troca de apoio.
No entanto, as duas pastas foram esvaziadas quando os deputados e senadores votaram a medida provisória que reestruturou o governo.
Questões importantes, como Cadastro Ambiental Rural (CAR) e a demarcação de terras indígenas, passaram a ser tratadas por outros ministérios.
Caixa na mira
A busca por espaço por parte dos novos aliados não está restrita à administração direta. E assim como a “coincidência” em relação aos ministérios, o alvo é ocupado por mulher: a presidência da Caixa Econômica.
Atualmente, o cargo é ocupado pela funcionária de carreira do banco Rita Serrano.
cnnbrasil
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