A Polícia Federal (PF) prendeu, na manhã desta segunda-feira (24), o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel, suspeito de participação nos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
Maxwell já havia sido preso em junho de 2020 em uma operação que investigava o crime e cumpria prisão domiciliar. Ele teria ajudado a esconder armas de Ronnie Lessa, apontado como executor da vereadora e do motorista. Entre as armas, estaria a utilizada nos homicídios.
A PF descobriu que Maxwell fazia “campana” seguindo os passos de Marielle. Ele ainda teria levado o carro utilizado na noite do crime para um desmanche.
No momento de sua primeira prisão, a polícia apreendeu com o ex-bombeiro uma BMW modelo X6, avaliada em mais de R$ 170 mil. Seu salário na corporação era de cerca de R$ 6 mil.
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, irmã de Marielle, se manifestou nas redes sociais: “Falei agora por telefone com o ministro Flávio Dino e o diretor-geral da Polícia Federal sobre as novidades do caso Marielle e Anderson. Reafirmo minha confiança na condução da investigação pela PF e repito a pergunta que faço há 5 anos: quem mandou matar Marielle e por quê?”, questionou a ministra.
A operação da PF desta segunda é feita em conjunto com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ). Segundo a PF, sete mandados de busca e apreensão também foram cumpridos na cidade do Rio e na região metropolitana – inclusive um contra o irmão de Ronnie Lessa e outro contra o responsável pelo desmanche do carro.
A operação, chamada Élpis, é a primeira fase da investigação que apura os homicídios da vereadora Marielle e do motorista Anderson Gomes, além da tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves.
O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou que a PF e o MP-RJ “avançaram” na investigação sobre o crime.
Sem solução
Na noite de 14 de março de 2018, a vereadora do PSOL Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram assassinados após o carro em que estavam ser atingido por vários disparos na região central do Rio.
Marielle havia mediado um debate no Instituto Casa das Pretas. Ao sair do local, por volta das 21h, o carro em que Marielle, Anderson Gomes e a assessora Fernanda Chaves estavam foi emparelhado por outro veículo, que abriu fogo contra os três.
Marielle e Anderson Gomes morreram no local. A assessora foi atingida por estilhaços, levada ao hospital, e posteriormente liberada.
Em março de 2019, quase um ano após os assassinatos, a polícia prendeu Ronnie Lessa e Élcio Queiroz. O primeiro é acusado de ter atirado em Marielle e Anderson, o segundo, de dirigir o carro usado na noite do crime. Ambos seguem presos, mas ainda não foram julgados.
Mais de cinco anos dos assassinatos, o caso continua indefinido.
cnnbrasil
Outras Notícias
João Azevêdo garante que é pré-candidato ao senado para as eleições de 2026
Carroceria de caminhão se solta durante viagem e esmaga a própria cabine
Polícia Federal investiga fraudes no pagamento de seguro-defeso na Paraíba