O PSD expulsou do quadro de filiados da sigla o empresário Roberto Mantovani Filho, investigado pelo episódio de insulto e agressão contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e seus familiares, ocorrido há uma semana no aeroporto de Roma (Itália).
A expulsão foi registrada no sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na sexta-feira (21) e confirmada neste sábado (22) .
Logo que o episódio veio a público, assim como a informação de que Mantovani era filiado ao PSD, a sigla anunciou que tomaria medidas disciplinares contra o empresário, diante da gravidade do caso.
O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, é quem tem a prerrogativa de decidir a expulsão de filiados em casos de infração disciplinar. Foi o que o dirigente fez na terça-feira (18), após consultar integrantes da cúpula do partido e lideranças da sigla.
Mantovani havia se filiado à legenda em 14 de março de 2016.
Antes, fez parte do PL, quando chegou a ser candidato a prefeito de Santa Bárbara d’Oeste (SP) em 2004, em uma chapa com um candidato a vice do PT — na época, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinha como vice-presidente o empresário José Alencar, então filiado ao PL.
“Surpreendem atitudes precipitadas como essa, em que um homem com passado ilibado, com uma admirável história de vida, é ‘julgado’ por ato que nem mesmo foi apurado nas instâncias próprias. O tempo evidenciará o desacerto e a injustiça cometida com essa esdrúxula e equivocada decisão do PSD”, afirmou o advogado Ralph Tórtima Filho, que defende Mantovani e seus familiares.
O empresário é investigado pelo episódio relatado por Moraes à Polícia Federal no fim de semana passado, no qual o ministro foi insultado, e seu filho agredido a ponto de ter os óculos derrubados no chão.
O magistrado fez fotos dos agressores, o que levou a PF a identificar e abordar, no desembarque do avião no Brasil, a família de Mantovani.
Ele estava acompanhado da mulher, Andreia Munarão — acusada de ter proferido as hostilidades contra Moraes —, o genro, Alex Zanatta Bignotto, e o filho, Giovanni Mantovani.
Após definir a situação como um “entrevero”, a defesa da família admitiu posteriormente a possibilidade de ter ocorrido a agressão contra o filho de Moraes e alegou que, após o ocorrido, o ministro teria dito a palavra “bandido” para um dos acusados.
Neste sábado, a defesa informou ter pedido acesso às imagens do aeroporto de Roma, já solicitadas pelas autoridades brasileiras que investigam o caso.
“Já solicitamos acesso às imagens nos autos que tramitam no STF. Aguardamos uma decisão nesse sentido. É muito importante que haja respeito a chamada ‘paridade de armas’, permitindo que a defesa também receba, com agilidade, cópia das imagens fornecidas pela Itália”, afirma Tórtima, em nota.
cnnbrasil
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