O ex-ajudante de ordens Mauro Cid afirmará que vendeu os conjuntos de joias a mando do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A informação foi repassada pelo advogado de Cid, Cezar Bittencourt, para a revista Veja.
A verba da vendas das joias, recebidas pelo ex-presidente em viagens oficiais, teria sido repassada a Bolsonaro em espécie.
Bittencourt é o terceiro advogado que assume a defesa de Mauro Cid. Ele foi contratado na última terça-feira (15/8).
Mauro Cid está preso desde maio deste ano por adulterações no cartão de vacinação de Bolsonaro. O tenente-coronel também é investigado pela Polícia Federal (PF) por possível participação no esquema de venda das joias entregues como presentes por delegações estrangeiras ao ex-presidente, do qual também era ajudante de ordens.
Em entrevista à GloboNews, Bitencourt adiantou que, apesar de ser um militar, Mauro Cid também era assessor – estando, portanto, sob ordens. “Na verdade, ele é um militar, mas ele é um assessor. Assessor cumpre ordens do chefe. Assessor militar com muito mais razão. O civil pode até se desviar, mas o militar tem por formação essa obediência hierárquica. Então, alguém mandou, alguém determinou. Ele é só o assessor. Assessor faz o quê? Assessora, cumpre ordens”, ressaltou, durante entrevista.
O militar deve argumentar que cumpria ordens diretas do ex-chefe do Executivo e vai apontá-lo como mandante do esquema de venda de presentes oficiais.
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