Viúva de delegado morto por envenenamento é presa novamente após decisão do TJPB

O Tribunal de Justiça da Paraíba determinou novamente a prisão de Eva Bertrand de Araújo Carvalho, viúva do delegado de polícia aposentado Paulo Bertrand Medeiros de Carvalho. O delegado morreu em 23 de março de 2021 e a primeira informação era a de que ele tinha sofrido um infarto, mas as investigações encontraram vestígios de remédio e de veneno no organismo da vítima, o que fez a polícia trabalhar com a hipótese de homicídio.

A viúva foi presa na manhã desta quarta-feira (13) e passou pelo Instituto de Polícia Científica antes de ser levada para a carceragem da Central de Polícia em Campina Grande, onde aguardará pela audiência de custódia que será realizada nesta quinta-feira (14).

Segundo informações da Polícia Civil, após audiência de custódia, a suspeita deve ser transferida para o Presídio Feminino do Serrotão, também em Campina Grande, e deve permanecer no local até a data do julgamento.

Eva foi presa preventivamente no dia 7 de julho de 2023, mas no dia 14 do mesmo mês, o desembargador Frederico Coutinho, do Tribunal de Justiça da Paraíba, determinou a soltura dela, atendendo a um pedido da defesa, com a justificativa de que por possuir bons antecedentes, poderia responder em liberdade.

De acordo com o delegado Ramirez São Pedro, responsável pelo caso, a suspeita responde por homicídio qualificado com uso de veneno e a decisão para novo pedido de prisão preventiva seria para garantia da ordem pública e para não prejudicar a investigação.

Em nota à TV Paraíba, a defesa disse que acredita no restabelecimento da liberdade da suspeita e na confirmação da inocência Também informaram que não vão comentar o caso.

Relembre o caso

 

O delegado de Polícia Civil Paulo Bertrand Medeiros de Carvalho foi encontrado morto na casa em que morava no bairro do Catolé, em março de 2021, e a versão inicial falava em infarto.

As primeiras informações eram que o delegado havia sido encontrado morto pela esposa e pela enteada em casa. As duas teriam acionado o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

De acordo com a denúncia feita pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB), o filho da vítima estranhou a rapidez com que a suspeita queria com que a certidão de óbito fosse emitida e a frieza com que elas lidaram com a morte. Por isso, pediu à Polícia Civil a necropsia do corpo do pai.

O procedimento apontou que o delegado foi envenenado com veneno para ratos, mais conhecido como “chumbinho”.

À polícia, as mulheres disseram que não estavam em casa durante a morte da vítima, mas em um clube. Por outro lado, as investigações concluíram que elas não estiveram no estabelecimento. Após o envenenamento, as duas ficaram em casa.

O Ministério Público, ainda na denúncia, aponta que o crime foi cometido para que a acusada conseguisse uma pensão de alto valor após a morte do marido.

G1