A semana política termina ainda sob o impacto dos dois dias de julgamento dos primeiros réus do 8 de Janeiro -e na expectativa do que vem por aí, principalmente em relação à delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Josias de Souza celebrou as primeiras decisões do Supremo Tribunal Federal, que, segundo ele, isolaram o negacionismo bolsonarista que insiste em afirmar que os incidentes do 8/1 não se trataram de uma tentativa de golpe de Estado.
Já Carolina Brígido pondera que tentar prever uma condenação dura para Bolsonaro no inquérito -com base nas penas pesadas recebidas pelos três primeiros réus- é um “exercício de imprecisão”. Ela afirma que o STF deve usar “parâmetros distintos” no caso do ex-presidente, quando e se ele for denunciado pela Procuradoria-Geral da República.
E Juliana Dal Piva apurou que Mauro Cid ainda está prestando depoimentos à Polícia Federal relativos aos inquéritos em que está envolvido. Para que o acordo de delação premiada dele seja válido, lembra ela, Cid precisa admitir todos crimes e não pode omitir fatos e provas, tampouco a participação de superiores hierárquicos.
Josias de Souza: Supremo isola o negacionismo bolsonarista sobre 8 de janeiro
Carolina Brígido: STF deve julgar Bolsonaro com parâmetros distintos dos réus iniciais do 8/1
Juliana Dal Piva: Com depoimentos por fazer, Cid ainda esclarece dados sobre crimes para PF
Reinaldo Azevedo: Julgamento dos golpistas nos coloca diante de uma escolha ética e moral
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