Joseane da Silva Oliveira, acusada de matar a ex-companheira Leandra Silva a facadas na própria residência, em João Pessoa, foi condenada a 21 anos de prisão pelo crime. O júri popular ocorreu nesta sexta-feira (29) no plenário do 2° Tribunal do Júri do Fórum Criminal da capital. Todas as qualificadoras apontadas, como motivo torpe, feminicídio e meio cruel por asfixia foram reconhecidas.
Testemunhas foram ouvidas durante a audiência, seguida pelo Ministério Público e depois pela defesa.
Segundo a acusação, o motivo do crime teria sido ciúmes. Já a defesa argumentou que não há prova técnica irrefutável.
Acusada se entrega
A principal suspeita do crime, Joseane da Silva Oliveira, se apresentou à justiça espontaneamente no dia 29 de dezembro de 2021, após ter prisão temporária decretada.
De acordo com a delegada Flávia Assaad, ela não confessou o crime e permaneceu em silêncio.
Relembre o caso
Leandra da Silva de Souza, de 26 anos, foi encontrada morta em sua residência, no bairro de Mangabeira, por volta do meio-dia, do dia 22 de dezembro de 2021. Segundo o tenente Anderson, do 5º Batalhão de Polícia Militar de Mangabeira, ela foi assassinada a facadas.
A principal suspeita de cometer o crime era a ex-companheira, pois o relacionamento havia terminado poucas semanas antes.
A proprietária do imóvel onde Leandra morava informou a polícia que que após a separação a ex-companheira chegou a procurar pela vítima na porta de sua casa, apresentando comportamento violento. Inclusive, na madrugada do crime, a vizinha e proprietária, ouviu barulhos de pancadas e pedidos de socorro.
Ela chegou a mandar mensagens para Leandra, que só foram respondidas horas depois, através de mensagens de textos que a tranquilizava dizendo que estava tudo bem. A vizinha acredita que as mensagens foram enviadas pela ex-companheira da vítima.
A atual namorada de Leandra, na época, foi até a casa de Leandra junto com uma amiga. A proprietária do imóvel abriu o local, e elas encontraram a vítima já morta.
A polícia entrou em contato com a principal suspeita, mas não obteve respostas. A mãe da vítima disse que a investigada a procurou para dizer que era inocente.
A perícia constatou indícios de luta física antes da morte da vítima e que ela foi assassinada com várias perfurações de faca no peito e na região do pescoço.
G1
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