Após insistir em prestar depoimento ao Gaeco, o Padre Egídio de Carvalho compareceu à sede do órgão, mas ficou somente calado na manhã desta quarta-feira (1º). Seguindo as orientações de sua defesa, que é comandada pelo advogado Sheyner Asfora, o padre Egídio compareceu à sede do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado do Ministério Público (Gaeco), no centro de João Pessoa, para uma audiência, mas permaneceu em silêncio.
O padre Egídio havia pedido, com insistência, uma audiência para prestar depoimento ao Gaeco. O religioso chegou a usar veículos de comunicação e canais da internet demonstrando a intenção de explicar sua versão dos fatos ao Gaeco. Porém, quando é chamado para falar o que deseja, decide optar pelo silêncio, numa clara estratégia para tumultuar a investigação.
No início de outubro o padre Egídio chegou a comparecer à sede do Gaeco acompanhado de seus advogados manifestando a intenção de prestar depoimento. No entanto, na época não foi recebido,Já que sequer havia se comunicado com a equipe do Gaeco sobre a sua intenção.
No início de outubro foi deflagrada a operação Indignus após virem à tona denúncias de um esquema de furtos e desvios das doações e recursos públicos recebidos pelo Hospital Padre Zé. A unidade de saúde, localizada em João Pessoa, era dirigida pelo padre Egídio.
Ainda no mês de setembro o padre Egídio foi afastado da direção do Hospital Padre Zé pela Arquidiocese da Paraíba. Uma nova equipe foi designada para comandar a unidade de saúde e determinou, inclusive, a realização de auditorias.
A Arquidiocese revelou que o padre Egídio havia contraído o valor de R$ 13 milhões em empréstimos em nome do Hospital Padre Zé. A destinação deste dinheiro ainda não foi revelada.
A principal suspeita é de que o padre Egídio desviava o dinheiro da instituição para benefício próprio.
A Operação Indignus cumpriu mandados em dez imóveis que seriam do padre Egídio, dentre eles uma granja na cidade de Conde e apartamentos em prédios de luxo na orla de João Pessoa. Os investigadores encontraram nos locais muito luxo e itens de ostentação. Os imóveis eram equipados com lustres e projetos de iluminação requintados. Também chamou atenção que na granja havia móveis rústicos de madeira avaliados em R$ 3 milhões, além de 30 cães da raça Lulu da Pomerânia. Uma pesquisa do ClickPB revelou que um cão desta raça pode ser comercializado por até R$ 10 mil.
clickpb
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