Tiago Fontes, o único suspeito do desaparecimento da menina Ana Sophia, em Bananeiras, premeditou o crime com pelo menos quatro meses de antecedência. A informação foi confirmada pelo delegado Diógenes Fernandes, que trabalha na investigação do caso, nesta quinta-feira (4), dia em que o desaparecimento da menina completa seis meses.
O inquérito que está em fase de conclusão apontou também que o crime teve motivação sexual e que o suspeito agiu sozinho.
Segundo o delegado, as investigações concluíram que o crime foi premeditado, após pesquisas encontradas no celular do investigado, que foi encontrado morto em novembro.
“Tiago planejou o crime 4 meses antes. Em março ele já pesquisava como matar asfixiada uma criança de 7 anos, idade de Sophia na época”, afirmou Diógenes Fernandes.
O delegado Diógenes Fernandes informou também que as buscas por Ana Sophia continuarão sob demanda, à medida que novas informações chegarem à Polícia Civil.
Proximidade com a criança
Apesar de ter dito à Polícia Civil, inicialmente, que não conhecia Ana Sophia, segundo o delegado Diógenes Fernandes, Tiago Fontes frequentava diariamente a casa do sogro, que ficava em frente à residência da menina.
O sogro dele, inclusive, era locatário da casa onde a família da menina morava. Poucos dias depois do desaparecimento, o locatário teria pedido que a família desocupasse o imóvel.
Suspeito encontrado morto
Tiago Fontes, suspeito de matar a menina Ana Sophia, em Bananeiras — Foto: Reprodução
No dia 12 de setembro, a Polícia Civil divulgou que Tiago Fontes estava desaparecido. Ele foi visto saindo de casa após uma vistoria realizada em sua residência, como parte das investigações.
Quase dois meses depois, em novembro, o corpo dele foi encontrado em uma área de mata em Bananeiras. Buscas por Ana Sophia chegaram a ser feitas no local, mas a menina não foi encontrada.
O corpo foi encontrado sem sinais de hematomas ou perfurações, mas em avançado estado de decomposição, junto de uma garrafa de bebida alcóolica e uma cama feita com capim, numa área de mata fechada, por trabalhadores rurais. A Polícia Civil acredita que Tiago Fontes morreu por enforcamento, por suicídio. Nas palavras técnicas dos investigadores, ele cometeu uma “autoeliminação”.
G1
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