Depois de uma estrangeira de 25 anos denunciar que foi vítima de estupro coletivo na boate Portal Club, na Lapa, na Região Central do Rio de Janeiro, outra mulher também fez uma denuncia à Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Alerj, nessa quarta-feira (4/4), afirmando que foi vítima de abuso na mesma boate, em novembro do ano passado.
A mulher contou que no dia que o estupro teria ocorrido, ela foi “assistir um grupo de pagode, que eu conhecia. E, neste dia, tinha um open bar e eu bebi normalmente. Quando eu fui ao banheiro não me senti bem, tonta e não me lembro mais do que aconteceu. Desse não lembrar o que aconteceu, eu acordei no quarto preto, com um homem na minha frente, um homem do meu lado sem calça” e que “quando eu fui urinar, saíram algumas coisas pelas minhas partes, um líquido pelas minhas partes. Só que assim que eu saí, veio uma funcionária e perguntou: ‘Você sabe onde você estava?”. Não, não sei. “Você estava num ‘dark room’ (quarto escuro)”. Mas eu nunca entraria no ‘dark room’”. As informações são do G1
A jovem disse que, em novembro do ano passado, ela registrou um boletim de ocorrência sobre o estupro e que foi um momento difícil para ela, pois “no IML, preparando para fazer um exame, que é um dos exames mais importantes que pode vir a ver quem foi, me perguntaram se eu estava sozinha. Era um homem e ele falou que não poderia fazer o exame, e me mandaram pra casa. Falaram pra voltar no outro dia. Eu me senti violada, eu me senti mal em todas as etapas do que eu poderia fazer, até os culpados poderem ter sido reconhecidos”.
A segunda vítima explicou que entrou em contato com a boate em busca de ajuda e que “até hoje não me responderam e até hoje eu tenho dor. Não tem um dia que eu fique com uma noite tranquila. Eu creio que sejam vários casos porque se eles tentaram persuadi-la para não dar queixa, ele me humilhou. O funcionário da casa tentando me fazer acreditar, porque eu estava realmente bem zonza, que a culpa era minha”.
Boate Portal Club
A Delegacia Especial de Atendimento à Mulher realizou, nessa quarta-feira (4/4), uma perícia na casa de show e recebeu dos proprietários as imagens das câmeras de segurança do estabelecimento.
O Corpo de Bombeiros, em nota, informou que a boate está funcionando de forma irregular, pois não possui o alvará de Certificado de Vistoria Anual (CVA), que dá garantias quanto a segurança em casos de incêndio e pânico. Devido a isso, o espaço passará por uma vistoria que pode levar ao fechamento do estabelecimento.
Os investigadores já possuem pistas sobre o suspeito que convidou a universitária sul-americana para o quarto escuro.
Nas redes sociais, a empresa publicou nota dizendo que /’repele veementemente e nunca apoiará qualquer forma de intolerância, opressão ou violência contra as mulheres.”
“Assim que tomamos conhecimento do incidente, a casa prontamente acolheu a vítima e pôs-se à disposição das autoridades para investigação e esclarecimento imediatos”, disse a empresa, sobre a estrangeira que denunciou o crime nesta semana.
Veja o restante da nota:
Além disso, fornecemos as imagens e o áudio do circuito de segurança aos responsáveis pela investigação, onde será comprovado todo o apoio que prestamos a vítima, juntamente com os dados dos clientes presentes no dia, que colocaram seus nomes na lista ou compraram bilhetes com antecedência.
Estamos empenhados na busca da verdade e queremos que os responsáveis sejam devidamente punidos.
Como uma casa LGBTQIA+, estamos e estaremos sempre empenhados em lutar pelas minorias e pelo direitos das mulheres. Estamos e estaremos sempre aqui para oferecer todo o apoio e colaboração possível.
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