Existe uma expressão popular sobre algo ser “atravessado feito kool de calango”. Aqui em Guarabira é o “tipo da coisa”, se você trafegar pelo centro da cidade, mais especificamente nas quatro ou cinco avenidas centrais, encontrará um asfalto renovado, faixas pintadas e excelente sinalização, mas ao se afastar um metro desse centro, o que encontra é faixa apagada e buraco por todos os lados. Acredito que tem mais buracos e asfalto estourado do que mobilidade.
Aqui na cidade temos até poste no meio da rua, no trecho próximo ao Colégio Executivo, além de ruas completamente sem calçamento, que ainda lembram distrito da zona rural.
Quebra-mola é outro grande problema, você não vai encontrar um padrão mínimo de quebra-molas, pois temos, desde verdadeiros meio-fios até montanhas russas, se passando por quebra-mola, pois existem trechos que em 100 metros você encontra três quebra-molas.
Aí se a gente junta buraco, asfalto estourado e quebra-molas, quando você escapa de um, cai no outro e segue, sendo obrigado a fazer um “zig-zag da qota serena”.
Mas esse é um ano eleitoral e provavelmente, o que não foi feito em 8 ou 10 anos, será feito em 5 meses, ligeirinho e, se o povo for besta, vai ser engalobado de novo.
Vale salientar que estamos chegando aos 12 anos de uma gestão com o mesmo grupo político, em que existe apenas um rodízio de cadeiras e o descaso continua.
Outra estranheza sobre mobilidade urbana em Guarabira é que não vemos nenhuma política ou planejamento que possam mitigar os crescentes e cumulativos problemas.
Aqui em Guarabira, onde deveríamos ter um grande cruzamento com sinais de trânsito, foram construídos obstáculos para automóveis e pessoas, com uma grande roda ao centro e muretas impedindo a livre circulação de transeuntes e automóveis.
Aí, na mesma linha do cruzamento foi instalado um sinal de trânsito para pedestres e logo em seguida uma rotatória, dessa vez circular. Aí quando você escapa do sinal de pedestre caí na rotatória e ai, ao fazer o giro, cai novamente no outro sinal de perdeste, do outro lado da avenida.
Isso é uma coisa de doido, mas é doido, doido, doido mesmo. Pois quando você consegue chegar do outro lado da avenida, que acha que vai desenvolver uma segunda marcha, aparece um novo sinal de pedestres e em menos de 100 metros outro sinal de pedestres.
Não acho que não sejam importantes os sinais de pedestres, mas o problema é sabermos que alguém quis “fazer um giro e fez um giral”, isso tudo no maior cruzamento da cidade, local de mercado público, feira livre e muitas lojas. Diria que no coração da cidade, temos esse quiproquó infeliz.
Agora imagine isso tudo em um sábado de feira durante a manhã? É um verdadeiro “Deus nos acuda”! Tu é doido, doido! Aqui não existe mobilidade urbana, no sentido estreito da palavra e muito menos no sentido latus.
Agora, placas de trânsito tem por peste. Aqui se você fosse contar as placas de trânsito, se perderia nos primeiros 100 metros. Já cheguei a contar 3 placas de proibido parar em menos de 50 metros.
Aqui em Guarabira, as três coisas que mais tem são: farmácia, ótica e placas de trânsito. Parece até que quase todo mundo é cego, doente e sem educação para o trânsito.
Outro trecho do centro que sempre engafa é a área entre o Teatro Antônio Sobreira e o Colégio da Luz, em especy, nos horários de entrada e saida dos estudantes. Esse é um gargalo sem jeito, pois não foram criadas alternativas de mobilidade nessa área.
Outro absurdo da imobilidade transitória é o absurdo das ruas em que, você segue em uma mão e de repente, não pode seguir mais, sendo obrigado a pegar outra rua paralela para seguir seu roteiro. Isso acontece literalmente no centro da cidade.
A falta de mobilidade urbana é tão grande que a última vez que a cidade recebeu asfalto em suas ruas foi em 2010, ainda na gestão da ex-prefeita Fátima Paulino (PMDB). De lá prá cá, apenas as ruas do centro tiveram asfalto renovado. O resto da cidade, parece tábua de pirulito.
Para piorar a situação, o atual gestor instalou um semáforo na rodovia PB-O73, chegando no trecho para o Shopping Cidade Luz, onde uma rotatória resolveria o problema, agora temos engarrafamento constante e a parada obrigatória, durante todo o dia e parte da noite.
Indo na direção dos bairros faz vergonha transitar em Guarabira e para piorar ainda mais, essa semana foi instalado um novo sinal de trânsito no cruzamento da linha de trem desativado em décadas. “Já estão chamando o Sinal do Trem Fantasma”, pois lá existe um vazamento de água que perdura por uns seis anos, a velha linha abandonada e verdadeiras crateras por todos os lados.
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