Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade: Os sinais e desafios de ser um adulto com TDAH

Muito se fala sobre o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade nas crianças e adolescentes, esquecendo-se que os adultos também podem sofrer com o transtorno que tem um impacto relevante na qualidade de vida pessoal, profissional e emocional de qualquer pessoa, independentemente da idade. O TDAH não escolhe gênero, classe social e nem muito menos faixa etária. Os sinais de uma pessoa com TDAH são diversos e dependem de uma série de outros fatores, porém podem ser identificados a partir de algumas dicas.

Os desafios do TDAH em adultos são tão diversos quanto em crianças e adolescentes. Na verdade, eles podem ainda ser mais complexos, considerando que estamos falando de uma fase da vida que demanda de muito esforço emocional. Os conflitos pessoais, a construção da própria identidade, são os desafios que podem gerar grande parte do sofrimento mental que tende a provocar traumas e dificuldades que se ramificam para outras áreas das relações humanas.

Ter uma vida corrida é quase que um aspecto comum da sociedade atualmente, fazendo com que importantes sinais do TDAH sejam minimizados ou até mesmo ignorados. A dificuldade de organização e a necessidade de constantes mudanças são traços de um adulto com TDAH. A agitação de uma vida “badalada” disfarça as dificuldades de se estabelecer uma rotina e um planejamento eficiente.

Muitas vezes, também colocamos a culpa na memória. Acreditamos que somos assim por causa do esquecimento nosso de cada dia. Na verdade, estamos minimizando uma questão de saúde mental que, aos poucos, interferirá na nossa qualidade de vida de uma forma que não conseguiremos mais dar conta dos mais simples afazeres pessoais e profissionais. Não existe um manual de instruções que nos ensine a ser um adulto eficiente. Temos que sentir as dores e as alegrias de forma espontânea, sem nenhum tipo de spoiler.
Falando sobre o TDAH em adultos, podemos considerar como sinais:

 Instabilidade profissional;
 Procrastinação;
 Falta de foco e concentração;
 Baixa capacidade intelectual;
 Dificuldade de gerenciar uma vida organizada;
 Maior índice de divórcios e separações;
 Dificuldade de planejamento e execução das tarefas;
 Ansiedade diante das tarefas não estimulantes;
 Dificuldades nos relacionamentos;
 Alterações de humor frequentes;
 Frequentes descuidos para datas e compromissos importantes;
 Dificuldade para escutar e esperar a sua vez de falar;
 Intolerância a situações monótonas e repetitivas;
 Repetição frequente de erros e falta de atenção com coisas
simples.

Muitos destes sinais se manifestam ainda nos primeiros anos de vida e vão se intensificando ao longo do crescimento humano. Não há motivos para sentir vergonha de se perceber uma pessoa com TDAH. Na verdade, não devemos sentir vergonha por ser quem somos, independentemente de qualquer coisa. Precisamos sentir orgulho das nossas características, elas nos fazem únicos diante de todos.

Os desafios que partem do TDAH em adultos podem ser caracterizados pela dificuldade de estabelecer relacionamentos, seja nos campos afetivo ou profissional. Problemas com autoestima baixa também são aspectos que tornam a convivência com o TDAH ainda mais complexa e frustrante, afinal precisamos nos sentir bem com a nossa própria essência. Também existem os desafios da vida acadêmica que resultam em problemas que afetam o desempenho educacional. Antes de se autodiagnosticar um adulto com TDAH, é importante que você construa um panorama de você mesmo. Busque identificar suas dificuldades e quais os fatores que podem estar contribuindo com elas… além de ajudar nessa identificação, se autoconhecer poderá fazer você mais feliz.

 

Psicoped. Augusto Bezerra
Psicopedagogo Clínico / Terapeuta ABA
CBO: 2394-25
Pós-graduado em Psicopedagogia Institucional e Clínica e em Análise do
Comportamento Aplicada ao Autismo – ABA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

nos sentir bem com a nossa própria essência. Também existem os desafios da
vida acadêmica que resultam em problemas que afetam o desempenho
educacional. Antes de se autodiagnosticar um adulto com TDAH, é importante
que você construa um panorama de você mesmo. Busque identificar suas
dificuldades e quais os fatores que podem estar contribuindo com elas… além de
ajudar nessa identificação, se autoconhecer poderá fazer você mais feliz.