Após o desaparecimento da advogada Anic de Almeida Peixoto Herdy, de 54 anos, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou quatro pessoas por extorsão mediante sequestro, inclusive o mentor do sumiço. A denúncia foi aceita pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Petrópolis, transformando os suspeitos em réus.
Consta no documento que o responsável pelo sumiço seria amante de Anic. A defesa dela nega a relação amorosa.
Anic Herdy está sumida desde 29 de fevereiro. Câmeras de segurança de um shopping de Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, filmaram a advogada antes do desaparecimento. As imagens mostram a Anic estacionando seu carro e caminhando em direção a um Jeep Compass de cor preta, em que ela entra.
Cinco horas após as filmagens das câmeras do shopping, o marido de Anic, Benjamin Cordeiro Herdy, 78 anos, herdeiro de um grupo que administra diversas universidades do Rio de Janeiro, recebeu uma mensagem sobre o sequestro da advogada. Os sequestradores solicitaram R$ 4,6 milhões de resgate.
O dinheiro foi pago, mas Anic segue desaparecida. Um novo inquérito foi aberto na 105ª DP, de Petrópolis, para localizar a advogada.
O Ministério Público do Rio de Janeiro apontou como organizador do sequestro um dos funcionário de Herdy, Lourival Correa Netto Fadiga, conhecido como Gordo ou Fatica. Para o MPRJ, seus dois filhos e outra amante de Lourival foram cúmplices do crime.
Gordo é apontado pelo órgão como amante de Anic la e teria usado a relação para atrair a advogada até o local onde ela foi vista pela última vez.
Acusação do Ministério Público do Rio de Janeiro contra o mentor e outros suspeitos
- Lourival Correa Netto Fadiga: Gordo ou Fatica
Foi o responsável pelo crime, segundo o MPRJ. Ele é o responsável por chamar a Anic ao Shopping Pátio Petrópolis e a levar ao local em que a mulher desapareceu. Ele se passava por policial federal para ganhar a confiança da família.
Lourival também teria sido quem encaminhou as mensagens exigindo os R$ 4,6 milhões de Herdy para soltar a advogada. Após toda a extorsão e sequestro, Gordo também foi acusado de lavar o dinheiro, comprando um carro de luxo e 950 celulares.
- Maria Luíza Vieira Fadiga: filha de Lourival
A filha de Lourival foi acusada pelo MPRJ como cúmplice do crime ao ter ido à concessionária com o pai comprar o carro de luxo que foi posto no nome dela.
Maria Luíza também foi acusada de lavar o dinheiro da extorsão, formalizando a compra de uma loja de conserto de celulares, negociando os 950 aparelhos e mantendo contato com o fornecedor paraguaio dos dispositivos. A empresa foi aberta após o sequestro.
- Henrique Vieira Fadiga: filho de Lourival
O filho de Lourival foi acusado por comprar dólares para pagar o resgate e receber parte da quantia. Ele também teria ido à concessionária para comprar o carro junto do pai e da irmã.
- Rebecca Azevedo dos Santos: amante de Lourival
Também acusada pelo Ministério Público como cúmplice, Rebecca manteve contato, via telefone, com Lourival durante os momentos mais críticos do sequestro e esteve no mesmo local e horário que o suposto sequestrador no dia do crime.
A amante de Gordo também teria sido a responsável por manter as atividades criminosas após a prisão dele, indo à Foz do Iguaçu solucionar a compra dos aparelhos de celular e ajudando a esconder as evidências do crime e o dinheiro da extorsão.
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