A praia de Areia Preta, na Zona Leste de Natal, registrou 92 vezes mais coliformes fecais que o limite aceito pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), segundo o boletim de balneabilidade das praias da região metropolitana, publicado nesta sexta-feira (31).
De acordo com o documento, o litoral da capital potiguar tem pelo menos oito pontos considerados impróprios para o banho neste fim de semana. Cidades como Parnamirim, e Nísia Floresta, também apresentaram praias ou rios com água poluída.
Os pesquisadores do programa Água Azul, do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) identificaram 92.000 coliformes fecais por amostra de 100 ml de água coletada nesta semana na praia de Areia Preta. A praia está imprópria para banho há mais de um ano.
Coordenador do projeto de monitoramento há 23 anos, geólogo Ronaldo Diniz, explicou ao g1 no dia 25 de abril que os pesquisadores usam os resultados de cinco semanas consecutivas, para avaliar se a água está imprópria ou não.
Se dois ou mais desses resultados possuírem mais de mil coliformes fecais por 100 ml de água, a praia é classificada como imprópria. E se na análise mais recente houver mais de 2.500 coliformes fecais, com apenas esse resultado ela já fica imprópria.
Outra praia com níveis elevados de coliformes fecais é Ponta Negra, cartão postal da cidade, que no dia 25 estava com 16 mil coliformes fecais por 100 ml de água coletada. Um dos pontos de análise da praia registrou poluição ainda maior, no novo boletim, chegando a 35 mil.
Ainda de acordo com Ronaldo, a presença elevada de coliformes fecais nas praias da capital e da região metropolitana é causada por diferentes fatores. Porém, no caso de Ponta Negra e Areia Preta, a suspeita é de instalações irregulares de esgoto em galerias pluviais (que deveriam receber apenas água da chuva), bem como o contrário – ligações de águas da chuva no sistema de esgoto, o que causa transbordamento do sistema para a praia.
Em abril, o Ministério Público do Rio Grande do Norte informou que a prefeitura de Natal já havia identificado pelo menos 83 imóveis, dos bairros Mãe Luiza e Areia Preta, com ligações de esgoto clandestinas na rede de drenagem de água, despejando os dejetos no mar.
A mancha escura na areia da praia ficou conhecida como “língua negra” e foi tema de uma audiência pública na Assembleia Legislativa.
Fonte: ClickPB
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