O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) negou relação com a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e afirmou que foi “vítima” de servidores da Receita Federal que teriam acessado ilegalmente seus dados, mas que a defesa dele “atacava questões processuais, portanto, nenhuma utilidade que a Abin pudesse ter”. Nas redes sociais, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro citou, ainda, que a operação realizada nesta quinta-feira (11) teve motivação política e o objetivo de “prejudicar” a candidatura do ex-diretor da agência Alexandre Ramagem à prefeitura do Rio de Janeiro. As informações são do R7, parceira nacional do Portal Correio.
Nesta quinta, a PF (Polícia Federal) cumpriu cinco mandados de prisão preventiva contra pessoas que teriam participado de um suposto esquema de espionagem ilegal com a estrutura da Abin. Segundo as investigações, os alvos faziam parte de uma organização criminosa voltada ao monitoramento ilegal de autoridades públicas e usavam os sistemas da agência para produzir notícias falsas.
“Eu fui vítima de criminosos que acessaram ilegalmente meus dados sigilosos na Receita Federal, eles conseguem transformar isso em uso da Abin para me auxiliar de alguma forma”, disse Flávio Bolsonaro. Na época, o caso que ocorreu na gestão do governo Bolsonaro, a Receita acionou a PF para investigar o acesso às informações fiscais e comunicou que abriu processo administrativo para apurar a responsabilidade dos envolvidos.
Ainda de acordo com o senador, ao solicitar formalmente quem acessou os dados, ele teve o pedido negado e mesmo com processo no sistema judiciário, ainda não teve resposta sobre o caso.
Operação
A Polícia Federal obteve um áudio de uma reunião em 2020 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com o ex-diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) Alexandre Ramagem na qual os dois tratam sobre medidas contra supostas irregularidades cometidas por auditores da Receita Federal na elaboração do relatório final das investigações sobre supostos desvio de parte dos salários dos funcionários do gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) enquanto ele era deputado estadual.
De acordo com a corporação, Ramagem teria afirmado na reunião que seria preciso instaurar “procedimento administrativo contra os auditores, com o objetivo de anular as investigações, bem como retirar alguns auditores de seus respectivos cargos”.
Segundo a PF, Ramagem determinou a Marcelo Araújo Bormevet e Giancarlo Gomes Rodrigues, que faziam parte do esquema de espionagem ilegal com o sistema da Abin e foram presos em operação da PF nesta quinta-feira (11), que fizessem diligência sobre os auditores responsáveis pela confecção do relatório de inteligência fiscal que substanciou investigação criminal envolvendo Flávio.
Portal Correio
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