Ex ameaçou mulher com faca em igreja 2 meses antes de matá-la em carro

Preso sob a suspeita de esfaquear até a morte a ex namorada, Davi de Oliveira dos Santos, de 26 anos, já havia ameaçado com uma faca a vítima Rute do Prado, 35, durante um culto na igreja evangélica frequentada por ambos, em maio deste ano, em Cidade São Mateus, bairro da zona leste de São Paulo.

Em depoimento na 1ª Delegacia da Mulher (DDM), Rute afirmou que namorou com Davi por três meses, quando o relacionamento acabou, em março deste ano.

“Davi é uma pessoa muito agressiva, não aceita o término do namoro”, afirmou Rute.

Desde o fim do relacionamento, Davi teria começado a perseguir a vítima, “ameaçando-a com uma faca”, como consta em registros da Polícia Civil.

Por volta das 11h do dia 8 de maio, a vítima afirmou que Davi a teria procurado, durante um culto na igreja evangélica frequentada por ambos. Segundo Rute, ele “tirou uma faca de dentro do bolso do paletó e a ameaçou”.

Além das ameaças presenciais, a vítima também afirmou que o ex a intimidava por e-mail e mensagens enviadas pelo WhatsApp.

Roupa em bueiro

No dia do assassinato a facadas, Davi jogou os pertences de Rute, incluindo parte da roupa que ela usava, em um bueiro da Rua José Loureiro das Neves, na zona leste de São Paulo, segundo imagens obtidas (assista abaixo).

Era 2h50 de quinta-feira (18/7) e ambos haviam desembarcado da estação São Lucas, da linha 15-prata do Monotrilho, menos de duas horas antes.

Outra câmera de monitoramento mostra Davi caminhando por uma calçada, segurando uma bolsa lateralmente. Por outro ângulo, registros mostram ele se agachando. Em seguida, o suspeito dispensa os itens em uma boca de lobo e foge do local.

Horas depois, bombeiros precisaram forçar a abertura do Nissan Sentra, dentro do qual Rute estava morta, com ferimentos no pescoço, trajando somente calcinha, e com o rosto coberto por um pano.

Uma das linhas de investigação é a de que, além de matar a vítima, o criminoso a tenha estuprado. Exames sexológicos foram solicitados para averiguar essa suspeita.

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) decretou a prisão temporário de Davi, por 30 dias, a pedido do DHPP.

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