O esperma é o líquido liberado pelo pênis com os espermatozoides para a fecundação. Entretanto, ele não representa só a continuidade da espécie: o sêmen também pode ser um indicativo de saúde da pessoa que ejacula.
Doenças, estado emocional e até a dieta podem influenciar a saúde do sêmen e em alguns casos os impactos são percebidos mesmo sem a necessidade de exames laboratoriais. O cheiro e a cor do esperma já são indícios de possíveis doenças.
Infecções aparecem no cheiro do esperma
O sêmen possui um odor discreto de amônia, já que as substâncias presentes no líquido seminal são alcalinas, como o cloro e a água sanitária. Alterações nesse aroma podem ser preocupantes, indica o urologista Ubirajara Barroso, da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).
“Se houver um odor desagradável, o esperma estiver com um cheiro ruim mesmo, isso pode ser indicativo de uma infecção”, aponta ele. Esse risco é maior se, além do cheiro, a pessoa passe a ter dor na hora de ejacular, sentir coceira ou perceber algum inchaço na região do pênis.
O médico esclarece, porém, que isso não significa que os homens devem passar a cheirar o próprio esperma, já que o cheiro forte é bastante característico. “Não é algo que passe despercebido, é um odor de peixe, de apodrecido”, indica.
Nesses casos, Ubirajara recomenda que seja procurada a orientação de um urologista. “Testes específicos devem ser realizados para avaliar se há infecção e qual sua origem”, completa. Alguns problemas de higiene podem ser também causadores deste odor forte, fruto da proliferação de bactérias no pênis.
Há outras alterações mais sutis no cheiro do sêmen que podem ser fruto da alimentação. A quantidade de alho consumida, especialmente, tem impacto no odor. Outros alimentos e hábitos podem alterar levemente o cheiro do esperma, como o uso de álcool e cigarro ou a ingestão excessiva de cebola e de pimenta mas, no geral, essas mudanças são imperceptíveis.
Elas ocorrem pois o líquido é composto não só pelos espermatozoides, mas por uma série de enzimas e aminoácidos que são extraídos da alimentação e servem para conservar as células reprodutivas, como acontece também com outros fluidos corporais, incluindo o suor e a saliva.
Como fazer a higiene correta do pênis
Cuidado com a cor: pode ser sangue
A cor do esperma também é um indicativo da saúde masculina. A cor do líquido depende de vários fatores, incluindo o nível de hidratação do homem e a frequência ejaculatória. Em geral, o sêmen é de tom levemente esbranquiçado ou bege.
Uma coloração amarronzada, porém, deve levantar preocupações. “Se o esperma tem cores que vão do rosa ao marrom, esse é um indicativo de que pode haver sangue no sêmen, algo que pode apontar para infecções”, destaca o urologista.
Entretanto, o especialista esclarece que as alterações no sêmen não costumam representar doenças graves e que, no caso das infecções que são detectadas desta forma, o tratamento com antibióticos costuma ser suficiente.
“Pode ser uma microlesão que se resolve espontaneamente, por exemplo. No entanto, há chances desse sintoma representar quadros graves de saúde, como doenças da vesícula e da próstata. Por isso, o urologista deve sempre ser consultado”, explica Ubirajara.
Outros problemas
O volume e textura do sêmen também podem refletir problemas de saúde. Quantidades muito pequenas de esperma podem prejudicar a fertilidade entre os homens. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ejacular constantemente quantidades abaixo de 1,5 ml pode ser preocupante. No geral, uma ejaculação tem de 3 a 4 ml.
O sêmen excessivamente aguado, sem viscosidade, também pode ser um indicativo da redução do número de espermatozoides. Porém, é difícil fechar o diagnóstico, já que a contagem depende da frequência sexual e a textura, dos hábitos de hidratação de cada paciente.
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