Além do relato de duas alunas da rede pública de ensino do Distrito Federal, de 10 e 11 anos, a suspeita de estupro de vulnerável ocorrida dentro de uma escola que recai sobre um professor conta com indícios materiais. Gestores da escola, em Santa Maria, colheram imagens registradas por câmeras de segurança instaladas dentro da instituição.
A coluna apurou que gestores da escola foram confirmar os relatos das alunas com as imagens. De fato, as câmeras flagraram o momento em que o professor entra com uma das alunas supostamente abusadas dentro de uma sala vazia. Ambos permanecem no local por cerca de seis minutos. Logo em seguida, a porta é aberta e a menina segue para o banheiro. Depois, o sinal toca e os alunos entram na sala.
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) instaurou inquérito para investigar o caso. A direção da unidade — que terá o nome preservado durante as investigações, assim como o docente — ficou sabendo das suspeitas após a mãe de uma aluna da escola flagrar algumas conversas por meio do WhatsApp entre sua filha e algumas colegas. Nas mensagens, as meninas comentavam que duas delas haviam sido abusadas pelo professor.
Conversa no WhatsApp
Preocupada, a mãe passou todo conteúdo para a coordenação da escola, que acionou a direção e a regional de ensino, além do Conselho Tutelar e a Polícia Militar. Ainda na escola, o relato das alunas à direção foi assustador. Segundo elas, o professor as chamavam, juntas ou separadas, para dentro uma sala vazia, sempre antes do horário da primeira aula, ou nos intervalos.
De acordo com as meninas, o docente pegava nas partes íntimas, beijava o pescoço das alunas e fazia com que elas pegassem em seu pênis. Em uma das ocasiões, umas delas teria sido completamente despida e feito sexo oral no professor, dentro da sala de aula vazia. A porta da sala sempre seria fechada pelo professor.
Segundo uma das alunas abusadas, os estupros não ocorreram apenas uma vez e o último deles, teria sido cometido na última quinta-feira (1º/8). As meninas contaram aos diretores e coordenadores que o professor seria “muito insistente” e sentiam medo de dizer “não”. Uma delas acabou contando tudo para a avó.
Outra aluna contou que o professor tinha o costume de enfiar as mãos por debaixo da blusa do uniforme, tocando em seus seios. Depois dos relatos feitos na escola, tanto as alunas, quanto responsáveis por elas e servidores da escola foram levados pelo Batalhão Escolar para a 33ª Delegacia de Polícia (Santa Maria) onde foram ouvidos em depoimento.
O outro lado
Procurada, a Secretaria de Educação informou que o professor já foi afastado preventivamente até a conclusão das apurações policiais. A pasta também instaurou Processo Administrativo disciplinar (PAD) para apuração interna dos fatos.
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