A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) decidiu, nesta terça-feira (20), pela revogação da prisão de Jannyne Dantas, ex-diretora do Hospital Padre Zé. Ela era a última acusada do caso que estava presa em regime fechado.
A decisão foi tomada terça-feira (20), com relatoria do desembargador Ricardo Vital de Almeida. Ele foi seguido pelos desembargadores Joás de Brito e Márcio Murilo.
Dentre as cautelares impostas pelo relator do pedido de habeas corpus, o desembargador Ricardo Vital de Almeida, estão o uso de tornozeleira eletrônica e proibição de acessar ou frequentar o Instituto São José e de manter contato com o Padre Egídio de Carvalho e Amanda Duarte, alvos da investigação do Gaeco.
A acusada estava presa na Penitenciária Júlia Maranhão desde o dia 17 de novembro de 2023, em decorrência da Operação Indignus, que investiga suposto esquema milionário de desvio de dinheiro dos cofres do Hospital Padre Zé.
Além dela, cumprem pena Padre Egídio, em regime domiciliar desde o dia 18 de abril, e a outra ex-diretora investigada, Amanda Duarte, que também cumpre a prisão em regime domiciliar por ser lactante.
Audiência de instrução
Foi retomada mais uma vez no dia 31 de julho a audiência de instrução de um dos processos que apuram um esquema de desvios de recursos no Hospital Padre Zé, em João Pessoa. A princípio, a audiência seria retomada no dia seguinte (1º), porém foi adiada para os dias 26, 27 e 28 de agosto, quando serãointerrogados o padre Egídio de Carvalho Neto, ex-diretor geral do hospital, a ex-diretora administrativa Jannyne Dantas Miranda e Silva e a ex-tesoureira Amanda Duarte da Silva Dantas.
Caso Padre Zé
Hospital Padre Zé, em João Pessoa — Foto: Hospital Padre Zé/Divulgação
De acordo com a investigação conduzida pelo Gaeco do Ministério Público da Paraíba (MPPB), Padre Egídio de Carvalho é suspeito de liderar uma organização criminosa que teria desviado recursos do Hospital Padre Zé, em João Pessoa.
Os valores desviados da entidade filantrópica, segundo o Gaeco após a primeira fase da Operação Indignos, chegam a R$ 140 milhões. O dinheiro teria sido usado para a compra de imóveis de luxo, veículos, presentes e bens para terceiros, além de reformas de imóveis e aquisições de itens considerados luxuosos, como obras de arte, eletrodomésticos e vinhos.
Além do padre, as ex-diretoras do Hospital Padre Zé, Jannyne Dantas Miranda e Silva e Amanda Duarte da Silva Dantas (ex-tesoureira), são investigadas por suspeita de envolvimento em esquema de desvio de recursos e fraudes na gestão do hospital, em João Pessoa.
G1
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