Se confirmadas as previsões de aumento de temperatura disponíveis em um estudo da organização não governamental norte-americana Climate Central, todo o litoral de São Paulo estará em risco de ser engolido pelo mar por causa da erosão costeira.
As prefeituras das cidades litorâneas atuam em diversas frentes para conter o avanço do mar. A implementação de barreiras submersas e de muros, o uso de sacos de areia e a preservação da vegetação estão entre as medidas adotadas.
De acordo com o Mapa de Risco à Erosão Costeira do Estado de São Paulo, feito pelo Instituto Geológico do Estado de São Paulo, com dados de 2017, as praias com maiores riscos de sofrerem com o avanço do mar são: Ubatumirim, Barra Seca, Itaguá, Praia Grande, Fortaleza e Maranduba, em Ubatuba; Tabatinga, Massaguaçu e Caraguatatuba, em Caraguatatuba; Enseada, São Francisco, Pontal da Cruz e Baraqueçaba, em São Sebastião; Perequê, em Ilhabela; Itaguaré e São Lourenço, em Bertioga; Pernambuco e Astúrias, em Guarujá; Gonzaguinha e Capitão, em São Vicente; Itanhaém, em Itanhaém; Peruíbe e Guaraú, em Peruíbe; Itacolomi, Jureia e Leste, em Iguape; Ilha Comprida, em Ilha Comprida; e Itaguaçu, em Ilhabela.
Erosão costeira
A Fundação Florestal define a erosão costeira como um fenômeno natural que ocorre nas áreas costeiro-marinhas e no litoral sul do estado de São Paulo.
O avanço do mar provoca a perda de áreas de praia, impacta a vegetação de restinga e ameaça casas e edificações próximas. O fenômeno, intensificado por fatores humanos, afeta diretamente a biodiversidade e as comunidades locais.
Segundo o professor do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (USP) Alexander Turra, cerca de 40% da região costeira brasileira vivencia um severo processo de erosão. Os dados constam em um documento publicado pelo Ministério do Meio Ambiente em 2018.
“A erosão costeira tem várias causas: desde a retirada de areia rio acima, a construção de barragens, o aumento ou a diminuição de chuva, até as mudanças climáticas, o padrão de ocupação local”, explica o docente.
Na Barra do Una, em Peruíbe, um dos processos erosivos é a ocupação da bacia hidrográfica da região, que altera a desembocadura do rio. “Esse é um movimento natural que ocorre no passado geológico ou em momentos em que não ocorria ocupação humana”, confirma Turra.
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