A candidata a vice-prefeita de São Paulo na chapa de Pablo Marçal, a policial militar Antonia de Jesus, do PRTB, disse, em entrevista exibida em 27 de agosto, que a saúde da mulher é importante para manter a casa limpa. A declaração foi dada enquanto a PM respondia a uma pergunta sobre medidas para melhorar a saúde feminina.
“Quando a saúde da mulher está em dia, tudo funciona em casa, porque aí ela não vai estar cansada, com queixas. A casa vai estar limpa”, disse Antonia de Jesus ao canal Diário de Polícia.
Uma das apresentadoras interpelou, concordando com a candidata: “O marido vai estar feliz, as crianças bem cuidadas, o feijão vai ter aquele temperinho gostoso”, afirmou.
“Então, mulher, você não está mais sozinha. Eis me aqui para te servir. Eu vou tirar você dessa fila, como um dia minha mãe já esteve nessa fila, e eu tive que fazer hora extra para pagar cirurgia, porque marcaram a consulta para quase seis meses depois. Aí a cirurgia um ano e pouco depois. Você não vai passar por isso”, disse Antonia de Jesus, sobre uma proposta para zerar a fila de exames.
Três dias antes da entrevista, em 24 de agosto, a candidata deu outra declaração polêmica. Ela criticou projetos sociais que distribuem alimentos para usuários de drogas na Cracolândia. Segundo ela, “não se deve negar comida para ninguém”, mas a iniciativa pode impedir que os dependentes químicos superem a situação de miséria.
“Eles [os projetos sociais] deveriam fazer uma terceira via, fazer serviço voluntário, se espelhar no Pablo Marçal, tirar essas pessoas de situação de rua, e não só alimentar na rua.”
“Só que deveria ser alimentado de uma forma correta. Se espelha no Pablo Marçal, constrói um projeto para tirar essa pessoa da rua, traz ela com atendimento psiquiátrico, psicológico, médico. Faça isso, e não ficar só alimentando, porque são 10, 20 alimentações por dia, eles nem conseguem comer tudo aquilo ali. Às vezes acha que está ajudando, e na verdade está tirando a oportunidade daquela pessoa criar coragem de retornar para a sociedade com dignidade”, acrescentou.
Na mesma entrevista, ela definiu projetos assistenciais de Marçal na África como “início do perdão da escravidão” no continente.
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