Com quase 20 milhões de seguidores no Instagram, Daniel Amorim Nicola, o MC Daniel “Falcão do Funk”, usou a rede social para denunciar um suposto calote, promovido pelo site de apostas on-line Luva Bet.
Ele chamou de “safados” e de “bandidinhos” o representante da plataforma on-line e dois contratados para promover eventos da empresa, mencionando os nomes deles.
Isso já rendeu ao artista uma condenação, em maio, na esfera cível, na qual foi determinado o pagamento de R$ 20 mil, por danos morais, para cada um dos alvos das ofensas.
As postagens do MC, de acordo com o processo do caso, obtido pelo Metrópoles, gerou uma perseguição, incluindo ameaças, a André Victor da Silva, Marcelo Seiroz e Mozyr de Sampaio Neto. O trio agora quer que o artista seja condenado, criminalmente, por injúria e difamação.
O funkeiro, ao lado do também influenciador Luva de Pedreiro, foi garoto propaganda da plataforma de apostas on-line, que atualmente o processa.
Acusado criminalmente
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) aceitou a queixa-crime contra MC Daniel, em 2 de agosto, tornando-o réu. Procurado por oficiais de Justiça, insistentemente, ele não foi localizado, após a decisão judicial.
Apesar disso, em 30 de agosto, ele foi citado, mesmo não estando presente no endereço indicado à Justiça, no qual um oficial do tribunal foi quatro vezes, sem sucesso em encontrar o artista.
“Por duas vezes deixei na portaria cópia do mandado e meu telefone para contato, sem retorno”, destaca o funcionário do TJSP em um relatório, obtido pela reportagem.
Os advogados do artista tentaram reverter a situação, afirmando que MC Daniel estava em viagens de trabalho e, por isso, não havia sido encontrado em casa.
Os argumentos não convenceram a juíza Marcela Raia de Sant’Anna, que no último dia 23, manteve a citação do artista, solicitando para que a defesa dele responda às acusações “no prazo legal.”
Ser citado pela Justiça, em outras palavras, significa que a pessoa está sendo oficialmente envolvida em um processo, que pode lhe afetar em seus direitos, liberdades e questões financeiras, de forma significativa.
As ofensas do MC
No processo do caso são citadas as ofensas que resultaram nos processos cível e agora criminal contra o artista.
MC Daniel difamou os três funcionários do cassino on-line após jogadores o procurarem, afirmando terem sido lesionados pela plataforma, da qual MC Daniel era garoto propaganda.
“Em breve tenho uma notícia para você. O presidente do Real Madrid [time da Espanha] virá na minha casa e eu vou anunciar possivelmente o fechamento do meu contrato com a melhor bet do mundo”, disse o artista aos seguidores.
Ele segue afirmando que a bet do clube de futebol espanhol “não é [nome do ofendido] safado, entendeu? Que rouba e mente dos outros; não é [nome do ofendido] da banca que rouba e mente pros outros também, entende? Coisa de gente do bem, gente fina, entendeu? Não bandidinho metido a besta”.
As mensagens, compartilhadas aos então 14 milhões de seguidores à época, provocaram a perseguição das vítimas, “contento inclusive ameaças à integridade física e vida [delas]”, destaca a Justiça.
O processo segue em andamento, no qual a última movimentação ocorreu no dia 24 deste mês.
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