O prefeito Ricardo Nunes (MDB) mudou o tom em relação ao influencer Pablo Marçal (PRTB), terceiro colocado nas eleições de domingo (6/10), e declarou que não o quer em seu palanque, mesmo que o rival lhe dê seu apoio.
“Se eu for procurado, vou dizer a ele que espero que tenha aprendido com os erros e que possa fazer uma reflexão sobre tudo o que cometeu de errado”, disse Nunes, na tarde desta segunda-feira (7/10), em um evento para mulheres na sede de seu comitê de campanha, no centro da cidade.
No domingo, pouco após a Justiça Eleitoral confirmar sua ida ao segundo turno, durante uma entrevista coletiva, o prefeito sinalizou que buscaria diálogo com o adversário, ao concordar com uma jornalista que perguntou se “apoio não se recusa”, uma máxima entre políticos.
A mudança ocorreu após um almoço, nesta segunda-feira (5/10), com integrantes da campanha do prefeito, como o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), na capital.
“Não quero conversar [com Marçal]. Eu preciso dos eleitores de Pablo Marçal, que entendam que nós temos uma batalha contra a extrema-esquerda”, disse o prefeito. “É um eleitorado de direita. Meu campo representa a centro-direita”, complementou.
Nunes adotará no segundo turno a estratégia de colocar o rival Guilherme Boulos (PSOL) na “extrema esquerda” e se apresentará como um conservador moderado, na expectativa de repetir a mesma tática que derrotou Boulos nas eleições passadas, vencidas por Bruno Covas, falecido em 2021, de quem Nunes era vice.
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