São Paulo – Um carro foi encontrado queimado na área rural de Ipeúna, cidade do interior paulista onde Anderson Ricardo de Menezes, o Magrelo, tem uma mansão. Antes de ser preso, ele conseguiu fugir da polícia por um buraco feito no muro do imóvel de luxo, em 17 de maio do ano passado.
O chefão do Bando do Magrelo terminou preso seis dias depois e, com o encarceramento, Murilo Batista Prado, o Irmão Soneca, de 25 anos, teria tentando assumir o controle das atividades criminosas em Rio Claro, onde o grupo domina o tráfico de drogas.
Magrelo, antes de ir para a cadeia, chegou a afirmar que seria o “novo Marcola“, uma referência ao líder máximo do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção inimiga com a qual a quadrilha dele disputa o controle das atividades criminosas na região.
Como mostrado pelo Metrópoles, a Polícia Civil investiga se um dos dois corpos encontrados carbonizados no veículo, em agosto deste ano, seria de Irmão Soneca. O fato de o veículo estar na cidade onde Magrelo residia pode ser interpretado como um recado para eventuais e possíveis novos traidores.
Murilo, apontado em registros policiais como um criminoso cruel e ambicioso, teria promovido uma matança na região de Rio Claro para tentar assumir o lugar de Magrelo.
Fontes ligadas à investigação do caso afirmaram, em sigilo, nessa quarta-feira (23/10), que Irmão Soneca teria tentado se aliar, sem sucesso, ao PCC. Ele, antes disso, fazia parte da quadrilha de Magrelo, com o qual realizou negócios, inclusive viajando com o chefão ao Paraguai – onde teria negociado e transportado cargas de drogas para o interior paulista.
Metropoles
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