As articulações dos candidatos à presidência da Câmara dos Deputados seguem a todo vapor, mesmo na reta final das campanhas para as eleições municipais pelo país. O deputado federal e líder do Republicanos Hugo Motta (PB) passou a semana em reuniões individuais com deputados que permaneceram em Brasília (DF), e a partir da semana que vem se reúne com as bancadas de partidos para negociar apoios.
Motta conquistou o apoio do atual presidente, Arthur Lira (PP-AL), que o enxerga como o candidato capaz de formar maior consenso. Apesar de diversos líderes já acenarem uma boa aceitação ao nome do paraibano, muitas bancadas partidárias ainda precisam se reunir para fechar acordo antes de oficializar o apoio a um candidato.
As negociações envolvem fatores diversos. As maiores siglas estão de olho em cargos da Mesa Diretora, como a vice-presidência e as quatro secretarias que compõe o comando da Casa.
Para o Partido dos Trabalhadores (PT), do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, importa a governabilidade e o diálogo constante com o Executivo para aprovar as agendas prioritárias, sem surpresas desagradáveis, as chamadas “pautas-bomba”. Já o Partido Liberal (PL), do ex-presidente Jair Bolsonaro, cobra andamento de projetos mais ideológicos, da pauta de costumes.
Na tentativa de angariar votos da esquerda à direita, Motta tem preferido focar o discurso de campanha em priorizar pautas consensuais, que “resolvam os problemas da população” em detrimento de propostas mais polêmicas.
Também estão no páreo o líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA); e do PSD, Antonio Brito (BA), unidos em uma aliança contra a candidatura de Motta. Os parlamentares têm investido em agendas com ministros de governo, além de viagens pelo país para demonstrar apoio a candidatos petistas.
Enquanto o PL parece já ter consolidado o apoio ao nome escolhido por Lira, o PT, segunda maior bancada da Casa, tem sido disputado pelos candidatos. Apesar de uma sinalização prévia do líder do partido na Câmara, Odair Cunha (MG), de que a sigla deve apoiar Motta, Brito e Elmar não desistiram de tentar angariar os votos petistas. A bancada do partido realizou um jantar com o paraibano, e remarcou os encontros com os outros dois candidatos para a próxima semana, depois do segundo turno, quando os deputados retornam ao Congresso Nacional.
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