A Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgou, nesta terça-feira (12), o Boletim Epidemiológico de nº 11º/2024 com o cenário epidemiológico dos casos prováveis de arboviroses na Paraíba. De acordo com os dados registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e consolidados pela SES, na Semana Epidemiológica 44, que corresponde ao período de janeiro a 2 de novembro de 2024, foram contabilizados 15.535 casos, sendo 13.827 de dengue (89,01%), 1.662 de chikungunya (10,44%) e 86 de zika (0,55%).
Ao todo, foram confirmados 11 óbitos decorrentes de dengue, com residentes nos municípios de Cabedelo (1), Camalaú (1), Campina Grande (2), Catolé do Rocha (1), Conde (1), João Pessoa (2), Lucena (1), Massaranduba (1) e São João do Rio do Peixe (1). Outros dois óbitos seguem em investigação nos municípios de Riachão e São Vicente do Seridó. Também foram registrados cinco óbitos por chikungunya, sendo um óbito em cada um dos seguintes municípios: Sapé, João Pessoa, Campina Grande, Pirpirituba e Monteiro. Não há óbito (confirmado ou em investigação) em decorrência de zika.
O boletim destaca que o número de casos de dengue registrou um aumento superior a 110,75% em comparação com o mesmo período em 2023, contendo uma maior incidência nas 1ª, 10ª e 9ª regiões de saúde. Já para os casos prováveis de chikungunya, houve um aumento de 22% e, em contrapartida, os casos de zika apresentaram uma redução de 21%, também em relação ao ano anterior.
De acordo com a técnica responsável pelas Arboviroses, Carla Jaciara, o combate e a prevenção contra as arboviroses precisam ser contínuos. Para isso, o trabalho precisa ser feito tanto pelo Estado, que já realiza ações junto aos municípios e às Gerências Regionais de Saúde, como também pela população.
“Além dessas ações habituais, estaremos intensificando o combate contra a dengue e outras arboviroses com a Semana de Mobilização Estadual, que será entre os dias 25 e 29 de novembro. Então, estaremos com todos os municípios engajados nesta ação. Com relação aos cuidados, a população precisa estar sempre atenta a eliminar qualquer foco que venha acumular água. É importante fazer uma vistoria pelo menos uma vez por semana na residência, no quintal, no jardim, para observar qualquer local que venha acumular água. Vale lembrar também da febre do Oropouche, que é outro alerta para a população. A Paraíba já registrou cinco casos confirmados, não são graves, porém é importante não estar circulando nos municípios que já registram casos positivos (João Pessoa, Alagoa Nova e Campina Grande), como também nos estados vizinhos, como Pernambuco, que tem casos graves, óbitos e óbito fetal confirmados”, explicou.
O Boletim divulgado da SES também traz um balanço das ações realizadas para vigilância da Febre Oropouche – uma arbovirose com sintomatologia semelhante a da dengue, chikungunya e zika, transmitida pelo mosquito conhecido como “maruim”. Entre as atividades, destacam-se as testagens, realizadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública da Paraíba (Lacen-PB), notas técnicas e reuniões internas de integração com equipes da assistência em saúde.
“O combate a Febre Oropouche é feito, principalmente, com o uso de repelente, o produto é imprescindível para as gestantes. Ainda destacamos o uso de telas e a proteção das partes do corpo que ficam mais expostas. Então é importante sempre estar atento aos cuidados de prevenção e controle para evitar um maior número de casos circulando no nosso estado”, frisou Carla Jaciara.
Outras Notícias
Turista da Paraíba morre após ser atropelada por ônibus em faixa de pedestres no Rio
“Tornozeleira no cu”: radialista que provocou Moraes é preso novamente
Datena faz alerta ao anunciar afastamento do SBT: “Vão pagar caro”