Uma decisão da Justiça determinou o afastamento, por 180 dias, do defensor público Marcos Melo – alvo da investigação do Gaeco essa semana e que apura irregularidades em demandas ajuizadas na cidade de Guarabira, no Brejo do Estado.
A Corregedoria da Defensoria já tinha solicitado o afastamento, por 90 dias, mas o pedido ainda não tinha sido apreciado pela Defensora Pública Geral, Madalena Abrantes.
Com a decisão judicial uma portaria de afastamento foi publicada no Diário Oficial da instituição.
O objetivo do afastamento é “evitar reiteração dos fatos declinados” e “afastar qualquer tipo de intervenção que possa prejudicar o regular andamento das investigações”.
Um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) também foi instaurado para apurar o caso. Um servidor da defensoria, que atuava junto ao defensor, também foi afastado da instituição.
O prazo inicial para a conclusão do PAD é de 120 dias, podendo ser prorrogado por mais 120 dias.
A investigação
A ação foi batizada de Operação Integridade e apura desvios de finalidade na atuação da Defensoria Pública, através da captação indevida de clientes, em violação ao princípio constitucional da Defensoria, cuja função é oferecer assistência jurídica gratuita exclusivamente aos cidadãos em situação de vulnerabilidade.
As investigações também apuram um esquema envolvendo a judicialização fraudulenta em massa, incluindo o uso indevido da estrutura da Defensoria Pública do Estado da Paraíba.
Há indícios de judicialização de demandas com autores falecidos, ações movidas sem o conhecimento dos autores, montagem de documentos para viabilizar demandas, além de recebimento de valores liberados por alvarás judiciais com o objetivo de enriquecimento ilícito.
Jornal da Paraíba
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