Renato Meireles propõe criação de “multômetro” para fiscalizar arrecadação pela Prefeitura de Guarabira

O vereador Renato Meireles (PSB) propôs, durante a sessão ordinária desta terça-feira (11), a criação de um “multômetro”, um painel informativo atualizado periodicamente para que os cidadãos possam acompanhar, em tempo real, quanto a Prefeitura de Guarabira arrecada com multas. Segundo o parlamentar, “a cada hora em Guarabira, uma pessoa é multada”.

“Em cada dia em Guarabira, existem em média 24 multas, arrecadando R$ 3.584,38. Por semana, são aplicadas 192 multas, dando um valor de R$ 27 mil. A cada mês são 768 multas, cerca de R$ 121.868,82. De janeiro até o dia 6 de março, foram arrecadados um total de R$ 243.737,64 somente com multas. Para onde está indo esse dinheiro?”, questionou Meireles.

Para Renato, esse número revela um crescimento expressivo na receita oriunda de infrações, gerando questionamentos sobre a destinação desses recursos e o impacto das penalidades no bolso dos cidadãos guarabirenses. “Por onde andamos existem muitas pessoas indignadas, revoltadas por algumas questões pontuais que aconteceram, e elas entendem que naquele momento não teria o motivo pelo qual serem multadas”, disse.

Ainda segundo o vereador Renato Meireles, a arrecadação com multas deve, por lei, ser destinada a melhorias no trânsito, como sinalização, campanhas educativas e infraestrutura viária. No entanto, é essencial que haja transparência na aplicação desses recursos para que a população tenha certeza de que os valores estão sendo investidos de forma correta.

“Se a gente for ver a Rua Prefeito Manoel Lordão totalmente esburacada. A Pedro Bandeira, totalmente esburacada. A Rua Getúlio Vargas e a Rua Joca Ataíde com diversos buracos. E assim é por Guarabira toda, não tem um trabalho voltado para esse dinheiro que é arrecadado através das multas de trânsito no município”, cobrou Renato.

Diante desses números expressivos, o vereador Renato Meireles sugeriu a criação de um “multômetro” no Centro de Guarabira, que servirá para garantir transparência, estimular o debate público sobre a fiscalização no município e cobrar a correta aplicação desses valores.

“Porque, pela pouca experiência que eu tenho, todas às vezes que eu trago esse debate aqui para a tribuna, no mês subsequente, a Semob diminui a quantidade de multas no município de Guarabira. Se a partir do momento que tivermos o multômetro, o cidadão vai ver que está sendo multado e talvez siga mais as regras. O amarelinho, talvez, vai se restringir mais de querer multar por qualquer coisa, por qualquer decisão que, às vezes, o bom senso resolveria. E também para o poder público saber que a população está sabendo o quanto está se arrecadando de multas sem ter o retorno que Guarabira precisa”, completou Renato.