O ex-presidente Jair Bolsonaro está se alimentando por sonda e vai continuar internado em Natal, de acordo com o novo boletim do Hospital Rio Grande, divulgado às 17h desta sexta-feira (11). A equipe médica informou que não há previsão de alta.
Bolsonaro foi internado após passar mal nesta sexta durante um evento do Partido Liberal (PL) no Rio Grande do Norte. Os médicos decidiram, junto com a família do ex-presidente, mantê-lo internado em Natal, mesmo ele tendo condições de ser transferido.
“A opção do momento da família, das equipes que o assistem em São Paulo e em Brasília, é que ele permaneça em Natal “, disse o diretor médico do hospital, Luiz Roberto Fonseca.
Segundo o médico cirurgião Élio Barreto, o quadro “inspira cuidado, mas não apresenta sinais de maiores gravidades no momento”.
Bolsonaro relatou fortes dores abdominais na cidade de Tangará, a 98 km de Natal, e foi levado de carro para atendimento no Hospital Municipal Aluízio Bezerra, na cidade vizinha, Santa Cruz, onde foi estabilizado. Em seguida, foi transferido de helicóptero para Natal.
De acordo com o diretor do hospital, Luiz Roberto Fonseca, o quadro permanece estável. Ele citou que o ex-presidente apresentou melhora da distensão abdominal e diminuição da dor.
O boletim médico citou que Bolsonaro faz uso de antibióticos e utiliza sonda nasogástrica para se alimentar, “mantendo-se em dieta zero”. Pela situação clínica, segundo o diretor do hospital, o ex-presidente não pode se alimentar por via oral.
O próximo boletim foi programado para 11h deste sábado (12).
Bolsonaro publicou nas redes sociais uma foto em que aparece internado no Hospital Rio Grande. Segundo ele, os médicos diagnosticaram uma complicação no intestino delgado como causa do mal-estar.
Boletim inicial apontou ‘quadro de distensão abdominal e dor’
De acordo com o primeiro boletim, divulgado no início da tarde, Bolsonaro apresentou “quadro de distensão abdominal e dor”. Ainda de acordo com a nota, Bolsonaro estava com parâmetros vitais estáveis recebendo hidratação e profilaxia antibacteriana.
O primeiro boletim havia apontado necessidade de realizar exames de imagem com contraste para melhor avaliação do quadro clínico, além de indicar que o quadro de saúde era estável.
Bolsonaro ficou orientado e sem dor após receber medicação. A equipe esperava a avaliação dos resultados dos exames para discutir com a família a remoção do ex-presidente para outro centro de saúde.
Em entrevista coletiva após a divulgação do boletim, por volta das 13h, o cirurgião Élio Barreto e o diretor geral da unidade, Luiz Roberto Fonseca, informaram que Bolsonaro teria condições de ser transferido em UTI aérea.
O diretor confirmou que um andar inteiro do hospital foi reservado para o ex-presidente, por segurança. “A prerrogativa do cargo impõe esse tipo de medida sem nenhum prejuízo ao funcionamento do hospital”, disse.
Ainda de acordo com Luiz Roberto Fonseca, Bolsonaro, naquele momento, não tinha “condições de alta”, mas saiu de uma situação de emergência para uma condição “clínica”, sem necessidade de cirurgia “no momento”.
“Ele tem uma distensão abdominal, uma condição de semioclusão intestinal, está em avaliação imagiológica, está sendo feito exame de imagem. Para agora não há indicação de necessidade de intervenção cirúrgica de emergência. O quadro dele, após as medidas clínicas, a analgesia, passagem de sonda nasogástrica, melhorou a condição clínica dele, o que tira ele da condição de urgência”, afirmou.
“Agora a condição é clínica, manter em dieta zero, observar o comportamento de intestino, hidratar, devolver eletrólitos que são os íons, potássio, cálcio para um bom funcionamento do intestino e observação clínica. Ele não tem sinais clínicos que falem a favor de um abdômen agudo destrutivo ou um abdômen infeccioso que imponha a necessidade de intervenção cirúrgica no momento”, pontuou.
G1RN
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