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COP30: Áustria confirma ausência em Belém; empresas articulam manifesto contra tarifas abusivas

Belém (PA) – A Áustria se tornou nesta terça-feira, 5 de agosto, o primeiro país a oficializar a ausência na COP30, marcada para ocorrer em Belém entre 10 e 21 de novembro de 2025. O presidente Alexander Van der Bellen, alegando restrições orçamentárias, será representado pelo ministro do Meio Ambiente austríaco.

A decisão acende um alerta: segundo normas da ONU, ao menos dois terços dos 198 signatários precisam participar presencialmente para validar acordos climáticos. A ausência de delegações pode comprometer a legitimidade dos resultados da conferência.

Hospedagem cara gera movimento corporativo

Com diárias chegando a US$ 700 por noite em Belém, muitas empresas avaliam reduzir ou cancelar sua presença no evento, alegando custos proibitivos e dúvidas sobre a efetividade das negociações durante a COP. Para pressionar mudanças, o setor privado prepara um manifesto formal que seguirá o modelo de cartas já enviadas por nações africanas e europeias pedindo mudança de sede da COP.

Enquanto isso, a equipe gestora da COP30 – liderada por André Corrêa do Lago, Ana Toni e Dan Ioschpe – tem participado ativamente da São Paulo Climate Week, reforçando o apelo para que empresas não abandonem Belém em favor de eventos paralelos espalhados pelo Brasil.

Reação do Pará: foco no debate, não em imóveis

Autoridades do Pará têm rejeitado sugestões de mudança de local ou alterações na programação. André Godinho, secretário-executivo da Prefeitura de Belém para a COP30, minimizou a crise hoteleira, afirmando que o debate principal deveria ser sobre mudanças climáticas – não sobre infraestrutura de hospedagem.

Na avaliação dele, a cobertura midiática tem priorizado falhas estruturais em vez do propósito climático do evento.

Legitimidade em jogo até 11 de agosto

A tensão cresce com o prazo estabelecido pela ONU: até 11 de agosto, o Brasil deve apresentar soluções concretas para a crise de hospedagem. Caso contrário, corre risco de a primeira COP na Amazônia se tornar um marco esvaziado institucionalmente por falhas logísticas e tarifas abusivas

Reportagem: Calvin Santana
Imagens: (Rafa Medelima / COP30/Flickr)

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