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Educadores de Alagoas mantêm greve e enfrentam pressão do governo e da Justiça

Maceió (AL), 5 de agosto de 2025 – Professores e profissionais da educação da rede estadual de Alagoas decidiram, em assembleia na última sexta-feira (1º de agosto), dar continuidade à greve que já ultrapassa um mês. A decisão ocorre em meio às tentativas do governo do Estado e do Judiciário estadual de criminalizar o movimento com aplicação de multas diárias no valor de R$ 5 mil para o Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal).

Protesto desafia governador

Na manhã de terça-feira, dia 5, dezenas de educadores promoveram um protesto simbólico na Praça Centenário, em Maceió. O ato percorreu a Avenida Fernandes Lima até a Praça dos Martírios, sede do governo estadual. Cartazes com mensagens como “Paulo Dantas, valorize a educação” e “Educação em greve” denunciaram o descaso com os compromissos assumidos pelo governador do estado, Paulo Dantas (MDB) .

A categoria cobra reajuste salarial mínimo de 10 %, porém o governo ofereceu apenas 4,83 %. Além disso, questionam a correção de taxas como a do adicional de difícil acesso, reajustada em apenas R$ 50 (de R$ 100 para R$ 150), o que consideram insuficiente para garantir dignidade à categoria.

Percepção de descaso

Professores presentes na assembleia denunciaram que o governador se nega a dialogar com a categoria. Em protestos anteriores, chegaram a permanecer um dia inteiro em frente ao Palácio República dos Palmares sem obter qualquer resposta do governo. A insatisfação também se estende ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que teria apoiado Paulo Dantas nas eleições de 2022. “Nos sentimos enganados pelo Lula, porque ele nos indicou votar no Paulo Dantas… e olha como ele está tratando a categoria”, declarou uma docente à reportagem local da A Nova Democracia.

Greve na mobilização

A greve, iniciada em 1º de julho, reúne mais de 20 pautas, entre elas a retomada de negociações salariais e a correção de outros itens pendentes da campanha salarial. Mesmo sob pressão judicial e com ameaça de penalizações, os profissionais permanecem firmes na luta por diálogo e valorização

Reportagem: Calvin Santana
imagens:  AND
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