O governador João Azevêdo participou, nesta segunda-feira (6), no Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB), em João Pessoa, da abertura do “Seminário de Políticas Públicas de Combate à Desertificação do Semiárido”, ocasião em que destacou as ações do Governo do Estado para o enfrentamento da situação com a garantia das condições necessárias para as famílias permanecerem na região.
Na ocasião, o chefe do Executivo estadual ressaltou as ações implantadas pelo governo para melhorar a qualidade de vida das pessoas, assegurar o acesso à segurança hídrica e preservar o meio ambiente. “Nós criamos a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade para se dedicar a essa política, instituímos programas como o Nascente Viva para recuperar as nascentes e as matas ciliares no alto e médio curso do Rio Paraíba, investimos na construção de cisternas, sistemas de dessalinização, apoiamos a agricultura familiar pelo Projeto Cooperar e Procase para que possamos gerar riqueza nesse bioma que tem um potencial extraordinário”, frisou. João Azevêdo, que também preside o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste (Consórcio Nordeste), evidenciou ainda que a entidade trabalha para a criação de um Fundo de Proteção ao bioma caatinga. “Há um interesse internacional de preservação desse bioma, já apresentamos esse projeto ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança Climática para que possamos buscar investimentos para essa região, como estamos fazendo agora com o Sertão Vivo, uma parceria com o BNDES e o Fida, que conta com a atuação dos nove estados do Nordeste em políticas de resiliência ao clima com viés ambiental e sustentável”, acrescentou. O presidente do TCE-PB, Nominando Diniz, evidenciou o trabalho conjunto de Tribunais do Nordeste na busca de soluções para a desertificação e a necessidade do engajamento da sociedade nas ações de preservação do meio ambiente. “Os Tribunais de Contas da Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Sergipe e Ceará realizaram auditorias operacionais sobre a desertificação e ao final se concluiu que precisávamos promover um evento para conscientizar não apenas as autoridades, mas a sociedade sobre a problemática. Esse é um processo provocado por ações naturais, como a seca, mas também pela ação do homem que degrada o meio ambiente. Nós vamos manter o acompanhamento da auditoria para saber o que está sendo feito e o que poderá ser feito porque a questão do meio ambiente é fundamental para a vida de todos nós”, comentou. O superintendente da Sudene, Danilo Cabral, destacou a importância do debate regional para criar oportunidades de inclusão das pessoas que residem na região do semiárido no processo de desenvolvimento econômico do Nordeste. “Dentro do Plano de Desenvolvimento Regional do Nordeste, o semiárido é um território estratégico, que possui um conjunto de oportunidades, fruto da agenda ambiental, como as energias renováveis. O que a gente precisa é incluir as pessoas dentro desse processo de desenvolvimento porque a caatinga é um bioma exclusivamente brasileiro, representa 12% do território nacional onde vivem mais de 20 milhões de nordestinos”, pontuou. A abertura do seminário foi prestigiada pelo deputado estadual João Gonçalves; pelo conselheiro do TCE-PB, Fernando Catão; representantes de TCEs de demais estados do Nordeste; e da secretária de Estado do Meio Ambiente e Sustentabilidade, Rafaela Camaraense.
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