O alvo do mandado de busca e apreensão cumprido em João Pessoa, durante a operação que investiga um grupo suspeito de se passar por ministros do governo Lula (PT) para aplicar golpes, é investigado por ceder uma conta bancária para uso no esquema. A informação é da Polícia Civil que deu apoio na operação comandada pela Polícia Civil do Distrito Federal.
De acordo com a Polícia Civil da Paraíba, o homem, que não teve o nome divulgado, não chegou a se passar por nenhum ministro. Ele disponibilizava uma conta bancária para a destinação do dinheiros captado nos golpes. A polícia disse ainda que o homem não tem histórico criminal, e que ele foi prestar esclarecimentos.
Os agentes cumpriram oito mandados de busca e apreensão, 7 em Recife (PE) e um João Pessoa .
O delegado Ataliba Nogueira, um dos responsáveis pela operação, explicou que os golpistas utilizavam informações públicas dos ministros para aplicar os golpes. Ele ressaltou que a Polícia Civil do Distrito Federal chegou a pedir a prisão de dois suspeitos, mas a medida não foi atendida pela Justiça.
A Polícia Civil informou que ainda está investigando quanto o grupo movimentou e quantas pessoas foram vítimas desses golpes.
O que a operação investiga?
De acordo com o delegado Ataliba Nogueira, os ministros comunicaram a polícia que estavam sendo vítimas de fraudes. Informando que golpistas estavam usando seus dados para cometer crimes de fraude eletrônica.
O criminoso se passava por um assessor desse ministro, contatava por telefone, pedia para falar com o presidente da empresa ou do órgão ou o prefeito da cidade e diziam que o ministro precisava entrar em contato com urgência com essa pessoa.
Segundo a investigação, os suspeitos criavam perfis falsos no WhatsApp, usando fotos e informações do primeiro escalão do poder Executivo. E era com esses perfis falsos que era feito o contato pedindo ajuda financeira aos diretores e presidentes de órgãos públicos e privados, e prefeitos.
Quais ministros foram vítimas de golpes?
Até o momento, segundo a Polícia Civil, os seguintes ministros foram alvos dos criminosos:
- Juscelino Filho, ministro das Comunicações
- Camilo Santana, ministro da Educação
- Renan Filho, ministro dos Transportes
- Rui Costa, ministro da Casa Civil
- Luiz Marinho, ministro do Trabalho
- Carlos Lupi, ministro da Previdência Social
Investigação
Os policiais da 5ª Delegacia de Polícia, na Asa Norte, informaram que, para conseguir aplicar os golpes, os suspeitos monitoravam as agendas das autoridades. A partir disso, era possível entrar em contato com possíveis vítimas.
Com apoio das polícias de Pernambuco e da Paraíba, os investigadores da capital conseguiram identificar o grupo criminoso. Os agentes cumprem os mandados na casa dos investigados.
Os policiais tentam identificar o número de vítimas enganadas e de autoridades que tiveram os nomes usados pelos criminosos. O lucro obtido com o crime ainda não foi calculado pela investigação.
G1
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