Desde a infância em frente às câmeras, Angélica passou por inúmeras transformações ao longo da trajetória. Nesta quinta-feira (30/11), a apresentadora completa meio século de vida. Com uma extensa carreira na televisão, na música e no cinema, ela chega aos 50 anos compartilhando aprendizados com as novas gerações. Para a artista, a maturidade não precisa ser vista com um olhar de pessimismo, mas de esperança e liberdade — entendimento que também acrescentou ao estilo. Saíram de cena os figurinos característicos de programas infantis dos anos 1980 e 1990, para dar lugar a uma sofisticação que flerta com tendências como o quiet luxury.
Ícone infantil
Paulistana, Angélica passou a enfrentar os holofotes desde muito jovem. A loira estreou como apresentadora de televisão com apenas 12 anos, em 1986, quando assumiu o comando do programa infantil Nave da Fantasia, na extinta TV Manchete. Desde então, a artista se tornou uma referência para o público.
Além de apresentar programas, Angélica construiu uma carreira musical. O primeiro trabalho se tornaria o seu maior sucesso, a clássica Vou de Táxi, do álbum lançado em 1988. Ao todo, ela teve 13 álbuns, três trilhas sonoras e sete coletâneas.
No início da trajetória artística, o estilo era formado por peças clássicas da época oitentista. Brilho, paetê, cintura alta e ombreiras faziam parte do figurino. Recentemente, Angélica refletiu que os produtores da época queriam transformá-la em uma espécie de “Lolita brasileira”. A inspiração viria da personagem que dá nome ao polêmico livro de Vladimir Nabokov, de 1955.
Global
Após se consolidar como uma fenômeno infantil, Angélica abriu asas e posou na TV Globo. Em 1996, a loira foi a estrela do programa infantojuvenil Angel Mix, no qual, além de apresentar, protagonizou como a icônica Fada Bela. A personagem se tornou uma figura presente no imaginário das crianças da época.
A produção foi um sucesso e consolidou Angélica para um público ainda maior. A trajetória na emissora evoluiu paralelamente à vida pessoal; ela deixou de ser o rosto para programas infantis e assumiu uma nova posição. Angélica comandou o quadro Video Game, do extinto Video Show, além do reality show Fama. Depois, assumiu o semanal Estrelas.
No programa, Angélica surgiu como uma mulher mais madura, entrevistando os mais variados artistas em contextos e cidades diferentes. Foi também nesse período da vida que a apresentadora começou o relacionamento com Luciano Huck. Juntos há mais de 20 anos, os dois são pais de três filhos, Joaquim, Benício e Eva.
Na nova fase, o estilo de Angélica evoluiu para um aspecto mais maduro, com roupas em tons sóbrios, vestidos e conjuntos de alfaiataria. A apresentadora também adotou um aspecto mais discreto em relação a pautas sociais e políticas.
Angélica chega aos 50
Em 2020, Angélica saiu da Globo após 24 anos. A mudança profissional foi definida pela apresentadora como uma “decisão em conjunto”. A loira passou a fazer trabalhos pontuais, além de se aventurar pelo universo do streaming.
Com um sentimento maior de liberdade para comentar e compartilhar sobre assuntos pertinentes da sociedade, atualmente, Angélica é a cocriadora da plataforma Mina Bem-Estar. No espaço digital, a artista, ao lado de um time de especialistas, debate sobre temas como sexualidade, machismo e etarismo.
Em celebração ao novo ciclo, a estrela lançou a série Angélica: 50 e Tanto, que vai ao ar no Fantástico, no GNT e no Globoplay. A cada programa, a apresentadora recebe, na própria casa, mulheres relevantes do cenário nacional, como Anitta, Xuxa e Sandy, para conversar sobre assuntos que as unem, além de resgatar momentos sobre a trajetória.
Ao longo da carreira, Angélica enfrentou pressões estéticas destinada às mulheres. Em entrevista à revista Marie Claire, ela contou que hoje o principal foco é manter a saúde mental. “Quero me sentir bem, entrar numa roupa legal, mas a celulite está ali e tudo bem. Tem dias em que me sinto bonita e outros não. No geral, gosto do que estou vendo. Está tudo bem. Não me permito mais não me aceitar”, declarou.
O reflexo de estar confortável consigo mesma também está refletido no guarda-roupa, aos 50 anos. Angélica é um dos principais nomes que se encaixam na tendência quiet luxury, ao optar por peças que não exalam serem de grifes. Por meio do trabalho da dupla de stylists Juliano Pessoa e Zuel Ferreira, ela tem demonstrado que envelhecer não é perder a sensualidade, com direito à prioridade do conforto, ao se vestir.
Aos 50 anos, Angélica teve a maioria das mudanças pessoais televisionadas ou estampadas em capas de revista. Atenta às demandas da vida, a apresentadora compreendeu que a maturidade pode ser uma grande aliada para lidar com o cotidiano. Exemplo para milhares de pessoas, a loira chega a meio século de existência com a defesa que envelhecer está na moda.
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