Casal dono da ‘Vai de Bet’ fica em silêncio durante depoimento à polícia em Campina Grande

O casal proprietário da empresa de apostas ‘Vai de Bet’ prestou depoimento nesta segunda-feira (30) à Polícia Civil, em Campina Grande, mas decidiu permanecer em silêncio durante todo o procedimento.

O superintendente da Polícia Civil de Campina Grande, Paulo Ênio, conduziu o interrogatório do casal, que foi acompanhado por um advogado, e ambos optaram por não se manifestar. De acordo com apuração da TV Paraíba, o casal deve se pronunciar apenas na justiça.

O casal também assinou um termo de fiel depositário e voltou a ter a posse de carros apreendidos na Operação Integration.

O casal teve a prisão decretada no mesmo dia em que a Operação Integration foi deflagrada e não se apresentou à Justiça, por isso eram considerados foragidos. Na noite do dia 23 de setembro, André Rocha e Aislla Rocha foram beneficiados por um habeas corpus.

Juíza diz que casal recebeu ajuda de Gusttavo Lima para fugir do país

 

Gusttavo Lima no São João 2023 de Campina Grande — Foto: Erickson Nogueira/g1

Gusttavo Lima no São João 2023 de Campina Grande — Foto: Erickson Nogueira/g1

A decisão da Justiça de Pernambuco que decretou a prisão do cantor Gusttavo Lima no último dia 23, considerou que o artista teria oferecido ajuda a “foragidos”, referindo-se a André Rocha e Aislla Rocha, casal proprietário da empresa de apostas ‘Vai de Bet’, de Campina Grande. Segundo a decisão, o avião de Gusttavo Lima levou o casal para a Grécia, mas, ao retornar ao Brasil, seguiu uma rota diferente e não trouxe os investigados.

De acordo com a decisão assinada pela juíza Andrea Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife, o casal de investigados fez uma viagem com o cantor, saindo de Goiânia com destino à Grécia. Porém, no retorno, o mesmo avião fez escala também em Atenas, na Grécia, e Ilhas Canárias, arquipélago da Espanha, sugerindo que o casal possa ter desembarcado em um desses destinos.

“No dia 7 de setembro de 2024, o avião de matrícula PS-GSG retornou ao Brasil, após fazer escalas em Kavala, Atenas e Ilhas Canárias, pousando na manhã do dia 8 de setembro no Aeroporto Internacional de Santa Genoveva, em Goiânia. Curiosamente, José André e Aislla não estavam a bordo, o que indica de maneira contundente que optaram por permanecer na Europa para evitar a Justiça”, afirmou a decisão.

Desembargador discordou

 

No último dia 24, no entanto, a 2ª instância do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) revogou o mandado de prisão preventiva de Gusttavo Lima e a apreensão do passaporte e do certificado de registro de arma de fogo do cantor

Para embasar a revogação da ordem de prisão preventiva de Gusttavo Lima, o desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, discordou da juíza. Ele comparou as datas da deflagração da operação e da viagem do cantor e do casal para a Grécia, que aconteceu em 1º de setembro. O magistrado disse que não houve auxílio do artista para o casal, que não era considerado foragido no momento do embarque.

“[…] o embarque em questão ocorreu em 01/09/2024, enquanto que as prisões preventivas de José André da Rocha Neto e a Aislla Sabrina Henriques Truta Rocha foram decretadas em 03/09/2024. Logo, resta evidente que esses não se encontravam na condição de foragidos no momento do retromencionado embarque, tampouco há que se falar em fuga ou favorecimento a fuga”, afirmou o desembargador.

G1