O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), é esperado para ser ouvido pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro nesta terça-feira (4).
Preso desde o início de maio, Cid já foi ouvido diversas vezes pela Polícia Federal. O depoimento na CPMI, porém, será o primeiro depoimento público do ex-ajudante de Bolsonaro.
Cid está preso por suspeita de participação em um suposto esquema de fraude em certificados de vacinação durante a pandemia da Covid-19. Ele, porém, é alvo de outros dois inquéritos: o que envolve as joias sauditas recebidas pelo governo Bolsonaro e o do 8 de janeiro.
Ele está detido no Batalhão de Polícia do Exército de Brasília (BPEB), em Brasília. Recentemente, o ministro Alexandre Moraes, do STF, restringiu as visitas ao tenente-coronel estabeleceu que apenas sua mulher, seus filhos, seus advogados e seus pais poderiam visitá-lo na prisão.
Mauro Cid entrou na mira da PF no caso do 8 de janeiro depois que foram interceptadas mensagens com teor golpista em seu celular. A polícia também encontrou no aparelho dele uma suposta minuta de um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e textos que seriam destinados a dar suporte ao governo em um eventual golpe de Estado, segundo investigadores.
O decreto foi encontrado em uma conversa com o sargento do exército Luis Marcos dos Reis, preso junto de Cid após operação da Polícia Federal.
A defesa de Cid recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF). A ministra Cármen Lúcia, do STF, decidiu que ele tem a obrigação de comparecer à CPMI, tendo o direito de não ser obrigado a produzir provas contra si próprio, “podendo manter-se em silêncio e não ser obrigado a responder a perguntas que possam incriminá-lo, sendo-lhe vedado faltar com a verdade quanto aos demais questionamentos não inseridos nem contidos nesta cláusula”.
O depoimento de Cid ocorre em meio ao cerco na Justiça contra o entorno do ex-presidente Jair Bolsonaro. Na última sexta-feira (30), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) condenou o ex-presidente por causa de uma reunião dele com embaixadores estrangeiros.
Na oportunidade, Bolsonaro fez ataques à Justiça Eleitoral e divulgou informações falsas sobre o sistema de votação brasileiro.
O ex-presidente ficará inelegível até 2030 pela decisão do TSE. Bolsonaro anunciou que pretende recorrer da decisão. Sua defesa afirmou, após o julgamento, que pretende analisar a melhor estratégia para o caso após a publicação do acórdão do julgamento.
cnnbrasil
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