Os profissionais da educação da Paraíba paralisaram as atividades escolares nesta quarta-feira (9) e falam em 95% de adesão nas escolas estaduais. A mobilização é organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação (Sintep-PB), que segue orientação da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). A aprovação da paralisação aconteceu durante assembleia geral realizada em 28 de julho, na sede do sindicato, em João Pessoa.
Na Paraíba, os educadores reivindicam a revisão e atualização do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR), com a inclusão de todos os profissionais da educação, o retorno da consulta da comunidade escola para a escolha diretores de escolas e um plano para reestruturação e manutenção das unidades escolares.
Com relação ao PCCR, o diretor do Sintep-PB, Felipe Baunilha, explica que esse não é atualizado desde 2003 e que por isso se encontra desatualizado. Já com relação à consulta eletiva para diretores de escola, ele destaca que atualmente a maioria dos diretores são de pessoas de fora da rede de ensino do estado e indicados por aliados políticos, numa prática que classifica como “coronelista”. O objetivo, ao contrário, é que os diretores de escola sejam escolhidos entre os próprios professores de carreira.
Por fim, Felipe Baunilha diz que várias escolas sofreram um processo de deterioração de suas estruturas físicas durante e pandemia e que é importante ser definido um calendário de reformas que permita melhores condições de trabalho aos servidores da educação.
Em nota, a Secretaria de Estado da Educação orientou os gestores escolares a manter as unidades estaduais abertas para o atendimento aos estudantes e destacou ações realizadas durante a gestão atual.
“A pasta reafirma o compromisso com a valorização dos profissionais da educação por meio da garantia do piso salarial para os professores efetivos e do reajuste de mais 80% para professores prestadores de serviço. Destaca iniciativas importantes para melhoria da nossa rede como diversas reformas, ampliações e manutenções; entregas de novos equipamentos, aquisições de laboratórios de ciências e kits de robótica, notebooks para professores; e mais de 165 ônibus escolares só em 2023; dentre outras ações que têm por objetivo construir uma Educação mais igualitária, inclusiva e equitativa para alunos e profissionais da Educação”, afirmou em nota.
G1
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