A declaração de Tarcísio Freitas (Republicanos) de que não vai disputar a Presidência da República, nas eleições de 2026, vem após uma série de conversas com aliados políticos de que ele teria mais chance de ser reeleito ao Palácio dos Bandeirantes e deveria pleitear o Planalto somente em 2030.
Em entrevista ao Flow News, Freitas declarou que não será candidato ao Planalto nas próximas eleições gerais.
O diagnóstico, afirmam estrategistas do governador paulista, é não cometer o que consideram ter sido um “erro” do ex-governador João Doria (PSDB) e que estaria sendo repetido pelo governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo): o de se lançar na disputa nacional antes da hora.
Doria travou disputa com o então presidente Jair Bolsonaro (PL), em meio às ações do poder público contra pandemia. O papel fundamental no processo de vacinação do país, em 2021, lhe rendeu boa avaliação popular, que se perdeu em meio a embates políticos de Doria, inclusive dentro do PSDB, na avaliação dessas fontes.
No caso de Zema, as recentes declarações do governador mineiro sobre a reforma tributária têm sido vistas por auxiliares de Tarcísio como má estratégia de nacionalizar a imagem dele.
Para aliados do governador paulista, há um cenário possível de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2026, o que garantiria ao petista oito anos consecutivos no Planalto, somado o atual mandato.
Por isso, a melhor opção para o político do Republicanos seria se consolidar no governo de São Paulo antes de alçar voos maiores.
Desde 1998, o eleitorado brasileiro tem optado pela reeleição do presidente da República, com exceção de 2022, em que Bolsonaro perdeu.
Repetindo o padrão de reeleições, aliados de Tarcísio acreditam que se escolhido presidente da República, em 2030, ele teria chances naturais de repetir o resultado em 2034.
cnnbrasil
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