Brasil: Estamos preparados para uma guerra civil extremista evangélica?

Extremismo político e ataque a constituição e aos poderes constituidos. O que ouvi hoje (sábado, 19 de agosto de 2023), saindo da boca do líder religioso de extrema direita, Silas Malafaia (líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo – ADVC), em uma suposta Marcha para Jesus, o que na verdade, pareceu a continuidade dos ataques golpistas aos Pilares da Democracia e as instituições que garantem o cumprimento da Constituição.
Em um discurso inflamado e cheio de ódio, o líder religioso, que deveria pregar o amor e a paz, estava mais para um general ditador, estimulando seus soldados para uma guerra civil, contra o poder constituído.
Incrível, mas em momento nenhum conhecemos líderes da Reforma Protestante, inflamando seu membros para uma espécie de enfrentamento ao Estado dos países em que pregaram os fundamentos do protestantismo cristão (Alemanha, França e Inglaterra).
Silas Malafaia, atacou diretamente o Supremo Tribunal Federal (STF), ao declarar que o Brasil vive uma “ditadura de toga” ao se referir ao Ministro Alexandre de Moraes, considerado por Malafaia como um “ditador”.
Falou que “a casa de Alexandre ainda vai cair”, enquanto os fiéis aplaudiam e gritavam insandecidos em favor do líder. Na época de Hitler durante a Alemanha Nazista, a grande maioria dos pastores, fiéis e padres católicos conservadores apoiaram o nazismo e a perseguição aos judeus e comunistas.
No mais grave do discurso, Silas afirmou que Deus irá derrubar a casa de Moraes. Como já vdisse anteriormente que Deus daria a vitória a Bolsonaro, levantou mais duas hipóteses, quando o senado criar vergonha e agir ou pela força do povo revoltado e fazendo pressão. Parece que vdessa vez, Silas não confiou apenas na força de Deus? Silas ameaçou o Congresso, afirmando que o Senado precisava agir contra o STF, querendo uma quebra do equilíbrio de entre os pideres e continuou atacando a PL (2.630) das fakes news, que quer conter a disseminação de noticias e informações falsas.
Ao fazer esse discurso inflamado, ficou claro que Malafaia apóia a disseminação de noticias falsas, além de não respeitar as instituições públicas como o Congresso e o STF.
Diante de todos os tipos de denúncias, evidências, provas e contraprovas perpetradas contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, Silas continua firme e forte, na defesa do seu mito e do grupo extremista de direita.
O que Silas teria perdido com a derrota do bolsonarismo, que insiste em colocar o seu rebanho na direção do desfiladeiro, como fez nos atos golpistas e levou mais de 1.380 a prisão, inclusive pastores?
Não bastou os 70 dias nas portas dos quarteis e nas rodovias, com bíblias em punho, orando para pneus, ET’s e para que as forças armadas dessem um golpe militar?
Não bastou o dia 08 de janeiro, com a invasão de Brasília e a destruição do patrimônio público nas sedes dos três poderes? Com a clara participação das “ovelhas evangélicas”, orientadas pelos seus pastores, inclusive com muitos presos em flagrante.
De duas coisas, uma, Malafaia se encontra sem saída, pois também pode estar envolvido no esquema bolsonarista e, como extremista evangélico, acha que pode tudo.
Faz esse chamado para um conflito direto de cristãs contra o STF, mas esquece dos pastores presos por vários tipos de crimes, em especial no Rio de Janeiro, aos exemplos de: Flor de Lis; Marcelo Crivella,; Eduardo Lopes; Mauro  Macedo; Aldenor Gonçalves; Jesse de Oliveira; José Belmont; Jaison Silva de Freitas; Sergio Amaral Brito; Marcos Pereira; Milton Ribeiro (ex-ministro da educação); Disley Paes; Fernanda  Olliver (cantora gospel);  Átila de Mello; Alexandre Ribeiro; Leandro de Castro; Rodrigo Luis Ragazzo; além dos pastores Franscismar Aparecido, que  pregava: “quem quer a paz, se prepare para guerra!” João Marciano, que estimulava seus fiéis a uma luta contra o comunismo; Donizete Paulino e Jorge Luiz dos Santos, são alguns pastores presos no ato golpista de 8 de janeiro, e aínda tem um monte.
Incrível como os grupos religiosos, em especial os pastores, políticos evangélicos e grupos policiais evangélicos, estão incitando e sendo incitados a uma “Guerra Santa” contra a ordem pública brasileira.
Será que de fato, essa galera influenciada por Silas e outros pastores, aguentaria entrar em uma guerra cívil, só para reestabelecer desgoverno Bolsonaro em uma Ditadura Militar?
Acho que todos temit o direito democrático de nos manifestarmos e de fazer críticas ao governo e aos membros dos poderes constituidos, mas ataques frontais contra a ordem democrática e contra os guardiões da constituição, deve sentir is rigores da Lei de Segurança Nacional.
Di contrário, o que parece uma simples marcha para Jesus, se transformará em uma guerra de extremistas cristãs e, em breve poderemos ter irmãos matando irmaos em nome de Deus.

radicaislivreseco