O influenciador Diego Pupe, ex-assessor de Jair Renan Bolsonaro, disse nesta quinta-feira (14/9) à Polícia Civil do DF que Maciel Carvalho, ex-empresário de Jair Renan preso no mês passado, tinha várias atitudes suspeitas. Segundo o depoimento, Maciel sugeriu que Jair Renan transferisse sua empresa para outra pessoa, informava ter vários CPFs e exibia extratos bancários com milhões de reais.
Pupe afirmou aos policiais que ouviu Maciel sugerir a Jair Renan que transferisse a empresa RB Eventos a outra pessoa. Naquela época, o filho do então presidente era investigado pela Polícia Federal pelos supostos crimes de tráfico de influência e lavagem de dinheiro envolvendo a firma. Antes da mudança de dono, a RB funcionou no mesmo endereço da 357 Cursos, empresa de aulas de tiro que era comandada por Maciel, segundo o depoimento.
A RB Eventos foi transferida neste ano por Jair Renan para Marcos Aurélio Rodrigues, parceiro comercial de Maciel e dono da 357. A Polícia Civil suspeita que Rodrigues seja um laranja em um esquema ilegal. O negócio chamou a atenção dos investigadores porque não houve qualquer pagamento pela movimentação, além de a firma ter faturado R$ 4 milhões em um ano.
Nesta quinta-feira (14/9), a coluna mostrou que Renan Bolsonaro firmou um contrato de exclusividade com Rodrigues em 2022. Em troca de aulas gratuitas de tiro, o influenciador divulgava e elogiava a empresa. O documento é mais uma ligação entre o filho de Jair Bolsonaro e o suposto laranja.
O ex-auxiliar de Jair Renan Bolsonaro também disse que Maciel dizia ter vários CPFs. O empresário enviava documentos diferentes para listas VIPs de festas, afirmou o ex-assessor. Ainda segundo o depoimento, Maciel tinha o costume de exibir extratos bancários milionários pelo celular.
Em outro trecho do relato aos policiais, o ex-assessor de Renan Bolsonaro disse que o empresário alegava ter “alguns esquemas” e “facilidades” para serviços suspeitos, como a obtenção de carteira de habilitação e de certificados digitais.
No último dia 24, Jair Renan foi alvo de busca e apreensão da Polícia Civil do DF, enquanto seu ex-empresário Maciel Carvalho foi preso. A operação apurou os supostos crimes de estelionato, falsificação de documentos, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. Segundo a corporação, o grupo, supostamente liderado por Maciel Carvalho, usou uma identidade falsa para simular empresas de fachada no esquema.
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