O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou, nesta quinta-feira (14/9), os três primeiros réus por participação na manifestação antidemocrática do 8 de Janeiro. Além da pena, os condenados deverão pagar multa e indenização.
O primeiro réu, Aécio Lúcio Costa Pereira, 51 anos, mora em Diadema, em São Paulo, e acabou preso em flagrante dentro do Senado Federal. Ele foi condenado a 17 anos, em regime fechado, por abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência, deterioração de patrimônio tombado e associação criminosa.
Thiago de Assis Mathar, segundo réu, de 43 anos e natural de São José do Rio Preto (SP), foi sentenciado a 14 anos de prisão, em regime fechado, por participação nos ataques aos Três Poderes, em Brasília. Ele foi preso em flagrante dentro do Palácio do Planalto, e acabou condenado por abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência contra o patrimônio da União, deterioração de patrimônio tombado e associação criminosa armada.
O terceiro réu, Matheus Lima de Carvalho Lázaro, 24, deixou Apucarana (PR) e viajou a Brasília para participar dos atos golpistas. Ele foi preso na Praça do Buriti e condenado a 17 anos, em regime fechado, por golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, associação criminosa armada, dano qualificado pela violência contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.
As condenações proferidas pelo plenário do STF devem ditar o ritmo dos próximos julgamentos. A Corte ainda vai analisar o processo de outros réus por envolvimento nos atos antidemocráticos do 8 de Janeiro.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou outras 1,3 mil denúncias contra pessoas acusadas de participação nos atos golpistas. A expectativa é que todos os casos sejam julgados até o fim deste ano.
Atos golpistas
Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) depredaram os prédios dos Três Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro deste ano. Os golpistas protestavam contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022.
A multidão bolsonarista tinha como objetivo instigar um golpe militar contra o governo Lula. Os criminosos romperam a barricada montada pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) na Esplanada dos Ministérios e invadiram o Senado Federal, o Palácio do Planalto e o STF.
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